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Precisamos estar preparados para Brexit duro, diz Tesouro dos EUA

Sem prorrogação do prazo do Brexit, Reino Unido pode deixar o bloco na próxima sexta-feira

Sem prorrogação do prazo do Brexit, Reino Unido pode deixar o bloco na próxima sexta-feira (Henry Nicholls/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2019 às 06h26.

Última atualização em 10 de abril de 2019 às 06h29.

Washington — O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse a congressistas nesta terça-feira que as instituições financeiras do país estão preparadas para a perspectiva de um Brexit desordenado, mas ressaltou que isso provavelmente causaria interrupções significativas no mercado e no comércio. "Precisamos estar preparados para um Brexit duro como um resultado muito realista", afirmou Mnuchin em audiência da Câmara dos Representantes sobre o sistema financeiro internacional.

Mnuchin comentou que se encontrou há algumas semanas com a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, com o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, e com o ministro das Finanças, Philip Hammond, numa viagem a Londres para discutir a situação.

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Ele enfatizou que vem trabalhando de perto nos últimos dois meses com reguladores financeiros para garantir que os bancos americanos estejam preparados para um Brexit duro e enfatizou que o Tesouro está monitorando cuidadosamente a situação. "Encorajamos ambas as partes a ver se conseguem encontrar uma solução que funcione", disse o secretário referindo-se à UE e ao Reino Unido.

Sem uma prorrogação do prazo do Brexit, o Reino Unido pode deixar o bloco na próxima sexta-feira, o que poderia causar prejuízos econômicos sérios ao Reino Unido e a vários países do bloco europeu.

Dívida federal

Mnuchin também disse nesta terça-feira que Trump gostaria que o Congresso aprovasse uma lei para elevar o teto da dívida federal o mais rápido possível e disse que o presidente o encorajou a falar aos democratas e aos republicanos sobre a questão. Questionado se Trump pode usar o limite do endividamento como alavanca para forçar o Congresso a fornecer financiamento a barreiras físicas ao longo da fronteira sul dos EUA, Mnuchin disse que Trump "não tem interesse em manter o Congresso como refém para qualquer questão".

O teto da dívida foi suspenso no ano passado como parte de um acordo orçamentário bipartidário de dois anos, mas foi restabelecido em 2 de março. O Tesouro começou suas medidas extraordinárias para guardar dinheiro e continuar fazendo seus pagamentos em dia para os detentores de bônus e outros destinatários. Mnuchin se recusou a dizer quando essas medidas podem se esgotar, mas o apartidário Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) estima que o Tesouro pode continuar pagando as contas do governo a tempo até o fim de setembro ou início de outubro, na mesma época em que uma nova peça orçamentária precisaria ser aprovada para deixar o governo operante.

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