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Poucos analistas esperam a recuperação do real nesta semana

Com uma alta acumulada de 5% só no mês de setembro, o mercado de câmbio -- assim como o de ações -- se prepara para enfrentar uma semana dura. Especialmente no cenário externo. Há quase um ano dos ataques terroristas contra os Estados Unidos, Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve, fará seu discurso mensal, e […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

Com uma alta acumulada de 5% só no mês de setembro, o mercado de câmbio -- assim como o de ações -- se prepara para enfrentar uma semana dura. Especialmente no cenário externo. Há quase um ano dos ataques terroristas contra os Estados Unidos, Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve, fará seu discurso mensal, e o resto do mundo decide se apóia o presidente americano na guerra contra o Iraque. Internamente, as preocupações não são diferentes da semana passada: eleições presidenciais cada vez mais próximas e a rolagem de metade da dívida de 1,9 bilhões de dólares que vence na quarta-feira (11/09).

Na sexta-feira passada, o dólar comercial fechou com ligeira alta de 0,25%, cotado a 3,16 reais para a venda. Em setembro, o dólar já acumula ganhos de 4,98% e soma 36,44% em 2002.

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Com o mercado americano preso ao marco de 11 de setembro, poucos esperam uma recuperação da moeda brasileira nos próximos dias. Os mercados dos EUA, já fragilizado pelas más notícias sobre a economia do país da semana passada, não deve registrar grandes movimentações até o 11 de setembro. Da mesma forma, investidores estrangeiros devem suspender seus negócios no Brasil e em outros países emergentes.

Na quinta-feira (12/09), Greenspan, presidente do Fed, fará discurso para a Comissão do Orçamento do Congresso americano e dará sua interpretação para os índices de desempenho da economia americana divulgados na semana passada. O mercado caiu por causa dos desanimadores dados a respeito do setor de serviços americano. No dia seguinte, recuperou-se um pouco, devido aos bons números do desemprego de agosto. Greenspan deve explicar a contrariedade desses números e esclarecer quais são de fato as chances de uma recessão econômica.

Dentro de casa

Além de fatores externos, o mercado financeiro brasileiro terá de lidar com problemas domésticos. Nenhum é novo: amanhã devem ser conhecidos os resultados de novas pesquisas eleitorais e o Banco Central tem dois dias para conseguir acabar de rolar uma dívida que vence na próxima quarta-feira.

Os principais institutos de pesquisa (Datafolha, Ibope e Vox Populi) estão finalizando os últimos levantamentos de intenção de votos. A preocupação entre analistas e investidores agora é que a disputa entre os candidatos Ciro Gomes (Frente Trabalhista) e José Serra (PSDB/PMDB) favoreça Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e inviabilize a ida do tucano para o segundo turno.

Quanto à dívida do governo, o BC tenta rolar hoje cerca de 1 bilhão de dólares, de um total de 1,9 bilhões. Serão ofertados papéis em swap cambial. Na sexta-feira, o BC conseguiu leiloar 319,5 milhões de reais o que significa 52,6% do total da dívida.

No total, o tesouro Nacional ofertará contratos de swap cambial com três

vencimentos. Serão até 10 400 com vencimento em 01/11/2002, até 11 000 contratos com vencimento em 02/01/2003 e até 12 300 contratos com vencimento em 16/07/2003. O Banco Central também efetuará uma operação de troca de até 350 mil LFTs com

vencimento de 2004 a 2006 por LFTs com vencimento em 20/08/2003.

Indicadores do hoje

No Brasil, sai o resultado da balança comercial na primeira semana de setembro. A expectativa é de superávit de 300 milhões de dólares. Alguns analistas esperam que a balança terá no mês de setembro os mesmos patamares que nos meses de maio e junho deste ano.

A Fundação Getúlio Vargas divulga a primeira prévia do Índice Geral de Preços (IGP-M) de setembro.

Nos EUA, será divulgado os estoques do atacado referentes ao mês de julho.

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