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Por que um dólar custa 4 reais?

O tamanho da perda de valor da moeda brasileira assusta até mesmo economistas e analistas de mercado dos mais experientes

Dólar: um real compra hoje apenas perto de 25 centavos de dólar (Thinkstock/John Foxx)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 10h49.

São Paulo - Em meados de 2012, um dólar comprava uns 1,80 reais. Agora, um dólar compra 4 reais (bateu o maior patamar desde o nascimento do real, em 1.º de julho de 1994). Ou, invertendo para a nossa realidade, um real compra hoje apenas perto de 25 centavos de dólar.

O tamanho da perda de valor da moeda brasileira assusta até mesmo economistas e analistas de mercado dos mais experientes. E não é nada óbvio que a coisa vá parar aí.

Mas por quê? Por que nossos reais estão valendo uma ninharia?

Movimentos de câmbio são bem difíceis de explicar. Algumas vezes, a origem das oscilações não é clara. Por exemplo, quando os EUA sobem sua taxa de juros, os capitais tendem a fluir para lá.

E não só os que estão no Brasil, mas os de todos os cantos do mundo. Isso causa a perda generalizada de valor de outras moedas em relação ao dólar.

Essa lógica, no entanto, não pode ser aplicada agora. Os juros americanos estão rastejantes, próximos de zero, há anos.

Tampouco o Banco Central brasileiro está praticando uma política de juros muito baixos, o que poderia afugentar investidores.

Muito pelo contrário, os juros (taxa de remuneração usada para quem aplica seus dólares numa economia) estão bem gordinhos no Brasil.

Essa condição deveria levar a uma maior entrada de dólares no país, na verdade. Mas a sensação de risco impede que seja assim.

Com a dívida crescente do Brasil e uma baita instabilidade política, o investidor prefere colocar sua grana em outros lugares. Assim, os dólares no Brasil estão mais escassos. E, consequentemente, mais caros.

Em resumo: é por isso que estamos mais pobres em dólares e que você terá de adiar ou gastar muito mais com aquela viagem ao exterior com que tanto sonhava.

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Movimentos de câmbio são bem difíceis de explicar. Algumas vezes, a origem das oscilações não é clara. Por exemplo, quando os EUA sobem sua taxa de juros, os capitais tendem a fluir para lá.

E não só os que estão no Brasil, mas os de todos os cantos do mundo. Isso causa a perda generalizada de valor de outras moedas em relação ao dólar.

Essa lógica, no entanto, não pode ser aplicada agora. Os juros americanos estão rastejantes, próximos de zero, há anos.

Tampouco o Banco Central brasileiro está praticando uma política de juros muito baixos, o que poderia afugentar investidores.

Muito pelo contrário, os juros (taxa de remuneração usada para quem aplica seus dólares numa economia) estão bem gordinhos no Brasil.

Essa condição deveria levar a uma maior entrada de dólares no país, na verdade. Mas a sensação de risco impede que seja assim.

Com a dívida crescente do Brasil e uma baita instabilidade política, o investidor prefere colocar sua grana em outros lugares. Assim, os dólares no Brasil estão mais escassos. E, consequentemente, mais caros.

Em resumo: é por isso que estamos mais pobres em dólares e que você terá de adiar ou gastar muito mais com aquela viagem ao exterior com que tanto sonhava.

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