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Política reduz repasse do dólar a preços, diz Tombini

"O regime de câmbio flexível e uma adequada condução da política monetária reduzem o eventual repasse da depreciação cambial para a inflação", diz presidente do BC

"A inflação tem estado, está e continuará sob controle", disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 17h11.

Brasília  - Em meio a um ciclo de alta da Selic para controlar a inflação, que começou em abril passado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , afirmou nesta terça-feira que a condução adequada da política monetária, junto com o regime de câmbio flutuante, diminui eventuais repasses da alta do dólar para os preços.

"O regime de câmbio flexível e uma adequada condução da política monetária reduzem o eventual repasse da depreciação cambial para a inflação", disse ele, ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Nesta manhã, o BC fez duas intervenções no mercado de câmbio quando o dólar se aproximou do patamar de 2,19 reais, o maior intradia em mais de quatro anos. A menos de uma hora do fechamento dos mercados, a moeda norte-americana era negociada nesta sessão com alta de 0,44 %, a 2,1746 reais na venda.

Tombini também voltou a destacar que o BC não usa a política cambial para incentivar a economia nem para estabilizar a inflação. "Nós temos instrumentos para isso." O presidente do BC comentou que o aumento da volatilidade nos mercados vem com a maior probabilidade que os Estados Unidos iniciem um processo de retirada de estímulos monetários, interferindo na liquidez mundial.

"A ausência de informações quanto ao prazo, à forma e à intensidade, trouxe volatilidade aos mercados financeiros internacionais, resultando na queda observada nos mercados acionários e na desvalorização de praticamente todas as moedas em favor do dólar norte-americano", afirmou ele, que voltou a afirmar que existe a tendência de apreciação, em escala global, do dólar norte-americano.

"Mas o Brasil está e estará preparado para enfrentar eventuais ventos contrários", disse ele, citando como anteparos o volume de 375 bilhões de dólares em reservas internacionais e um sistema financeiro capitalizado e como elevados níveis de liquidez e provisionamento.

BC vigilante

Tombini disse ainda que o combate à inflação, iniciado em abril e intensificado em maio e que elevou já Selic para 8 % ao ano, ajudará a fortalecer a confiança dos agentes na economia brasileira.


O presidente do BC observou que o a inflação mensal está em patamar menor do que o observado nos primeiros meses de 2013, mas que a inflação acumulada em doze meses ainda apresenta tendência de elevação no curto prazo.

"Mas posso assegurar que o BC está vigilante e fará o que for necessário, com a devida tempestividade, para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e para assegurar que essa tendência persista neste e nos próximos anos", comentou.

"A inflação tem estado, está e continuará sob controle", acrescentou.

A inflação encerrou maio em 0,37 %, na menor alta em quase um ano, mas em 12 meses a variação é de 6,50 %, exatamente o teto da meta de inflação para este ano, de 4,5 % com tolerância de 2 pontos percentuais.

Pela pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, os analistas acreditam que a Selic será elevada em 0,5 ponto em julho, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente. No mercado futuro de juros, no entanto, as apostas majoritárias são de que a taxa básica de juros subirá em 0,75 ponto percentual.

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Brasília  - Em meio a um ciclo de alta da Selic para controlar a inflação, que começou em abril passado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , afirmou nesta terça-feira que a condução adequada da política monetária, junto com o regime de câmbio flutuante, diminui eventuais repasses da alta do dólar para os preços.

"O regime de câmbio flexível e uma adequada condução da política monetária reduzem o eventual repasse da depreciação cambial para a inflação", disse ele, ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Nesta manhã, o BC fez duas intervenções no mercado de câmbio quando o dólar se aproximou do patamar de 2,19 reais, o maior intradia em mais de quatro anos. A menos de uma hora do fechamento dos mercados, a moeda norte-americana era negociada nesta sessão com alta de 0,44 %, a 2,1746 reais na venda.

Tombini também voltou a destacar que o BC não usa a política cambial para incentivar a economia nem para estabilizar a inflação. "Nós temos instrumentos para isso." O presidente do BC comentou que o aumento da volatilidade nos mercados vem com a maior probabilidade que os Estados Unidos iniciem um processo de retirada de estímulos monetários, interferindo na liquidez mundial.

"A ausência de informações quanto ao prazo, à forma e à intensidade, trouxe volatilidade aos mercados financeiros internacionais, resultando na queda observada nos mercados acionários e na desvalorização de praticamente todas as moedas em favor do dólar norte-americano", afirmou ele, que voltou a afirmar que existe a tendência de apreciação, em escala global, do dólar norte-americano.

"Mas o Brasil está e estará preparado para enfrentar eventuais ventos contrários", disse ele, citando como anteparos o volume de 375 bilhões de dólares em reservas internacionais e um sistema financeiro capitalizado e como elevados níveis de liquidez e provisionamento.

BC vigilante

Tombini disse ainda que o combate à inflação, iniciado em abril e intensificado em maio e que elevou já Selic para 8 % ao ano, ajudará a fortalecer a confiança dos agentes na economia brasileira.


O presidente do BC observou que o a inflação mensal está em patamar menor do que o observado nos primeiros meses de 2013, mas que a inflação acumulada em doze meses ainda apresenta tendência de elevação no curto prazo.

"Mas posso assegurar que o BC está vigilante e fará o que for necessário, com a devida tempestividade, para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e para assegurar que essa tendência persista neste e nos próximos anos", comentou.

"A inflação tem estado, está e continuará sob controle", acrescentou.

A inflação encerrou maio em 0,37 %, na menor alta em quase um ano, mas em 12 meses a variação é de 6,50 %, exatamente o teto da meta de inflação para este ano, de 4,5 % com tolerância de 2 pontos percentuais.

Pela pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira, os analistas acreditam que a Selic será elevada em 0,5 ponto em julho, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente. No mercado futuro de juros, no entanto, as apostas majoritárias são de que a taxa básica de juros subirá em 0,75 ponto percentual.

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