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Política econômica tinha que mudar de rumo, diz Levy

Ex-ministro destacou as discussões junto ao Legislativo, sobretudo o Senado, durante 2015

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	Joaquim Levy: "A política econômica tinha que mudar de rumo e assim foi feito", disse o ex-ministro
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Joaquim Levy: "A política econômica tinha que mudar de rumo e assim foi feito", disse o ex-ministro (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Eduardo Rodrigues e Rachel Gamarski

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às, 20h03.

Brasília - O ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, 21, ao transmitir o cargo para Nelson Barbosa, que conseguiu cumprir sua promessa de aumentar a transparência e a imparcialidade na administração da pasta.

Além de agradecer o trabalho de sua equipe e desejar sucesso a Barbosa, Levy também destacou as discussões junto ao Legislativo, sobretudo o Senado, durante 2015.

"Minha equipe aceitou o desafio de acompanhar-me conhecendo bem a dificuldades de restabelecer ideias e práticas que haviam sido abandonadas. Isso em um ambiente político difícil", disse Levy.

"Nelson Barbosa foi uma importante parceria em inúmeras ocasiões", acrescentou.

Para o agora ex-ministro, o Brasil avançou no reequilíbrio da sua economia nos últimos meses, reconhecendo a necessidade de reduzir gastos e avançar em reformas estruturais, a começar pela Previdência.

"O cidadão comum, dona de casa e o estudante, fizeram esforço para entender necessidade de o Brasil realinhar sua economia, a começar pelos preços administrados. O público entendeu que as politicas anteriores haviam se esgotado e que era preciso mudar", considerou.

"A política econômica tinha que mudar de rumo e assim foi feito", completou.

De acordo com Levy, o aumento de preços em 2015 deve ser seguido pela queda da inflação, sem a necessidade de intervenção dos preços administrados.

"De fato, as expectativas de inflação começaram a baixar pela primeira vez em muitos anos", destacou.

O ex-ministro disse ainda que os empresários entenderam que os subsídios produziam menos resultado em temos de crescimento e compreenderam que um política fiscal clara traz segurança aos negócios e espaço para investimentos.

"Os empresários entenderam as reformas para sermos competitivos. Para aumentar emprego e renda do trabalhador, não bastam estímulos pontuais aos investimentos, mas enfrentar questões estruturais mais profundas deixadas de lado durante o boom das commodities", acrescentou.

Em balanço de suas atividades à frente da Fazenda, Levy citou ainda a agenda de iniciativas junto ao Senado sobre uma forma de financiamento da reforma do ICMS, sem onerar a União ou precisar de novos impostos.

O ex-ministro citou também a proposta de reforma do PIS/Cofins, que, segundo ele, poderá aumentar de forma "espetacular" a competitividade das empresas, principalmente da indústria de máquinas e equipamentos.

Levy elencou ainda a apresentação pelo governo este ano de um novo marco para a infraestrutura, segundo ele com mais transparência e "adequado ao mundo pós Operação Lava Jato" .

"O setor de infraestrutura, junto ao da construção civil, é crucial para crescimento do Brasil e geração de empregos", analisou.

Ele destacou ainda que o trabalho legislativo complementa a segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL 2).

"Queria agradecer grande apoio e diálogo proporcionado durante o ano no Poder Legislativo, principalmente no Senado. Pudemos avançar no essencial mesmo em meio à turbulência política que tem cobrado preço tão alto à nossa economia", ressaltou.

"A cooperação com o Senado foi uma das experiências mais importantes ao longo do ano", enfatizou.

Levy encerrou seu discurso de despedida dizendo que a economia brasileira já começa a dar sinais de recuperação incipiente. Para ele, sanada a incerteza política e fiscal, e havendo sinalização de reformas, o País voltará a ter o crescimento que merece e é capaz de ter.

"O ano de 2016 vai ser um ano de grandes realizações, grandes surpresas, união e superação das incertezas políticas que marcaram tanto os últimos meses", concluiu.

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