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PMIs sugerem aprofundamento da contração na zona do euro

O Índice de Gerentes de Compras mostrou que a contração que começou em países menores da periferia está agora afetando Alemanha e França

O PMI preliminar composto do instituto Markit, que realiza pesquisa com cerca de 5 mil empresas em todo o bloco de 17 países e é considerado um indicador confiável de crescimento (Pascal Le Segretain/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 07h08.

Londres - As empresas da zona do euro tiveram em outubro seu pior mês desde que o bloco saiu de sua última recessão há mais de três anos, forçando-as a cortar postos de trabalho para reduzir custos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) nesta quarta-feira.

A contração que começou em países menores da periferia está agora afetando Alemanha e França, arrastando a zona do euro como um todo mais para baixo.

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O PMI preliminar composto do instituto Markit, que realiza pesquisa com cerca de 5 mil empresas em todo o bloco de 17 países e é considerado um indicador confiável de crescimento, caiu para 45,8 neste mês ante leitura em setembro de 46,1.

Essa é a menor leitura desde junho de 2009 e ficou bem abaixo da expectativa de 46,4 em pesquisa da Reuters. O índice está agora abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração desde fevereiro.

"É bastante decepcionante, é um cenário desanimador uma vez que as coisas estão piorando", disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.

"Somos mais pessimistas do que os dados oficiais. Os PMIs estão no terceiro trimestre e início do quarto em níveis historicamente consistentes com uma queda do PIB de cerca de 0,6 por cento." Williamson disse que, embora dados oficiais indiquem um declínio mais modesto de 0,2 a 0,3 por cento no terceiro trimestre, os PMIs sugerem que a contração irá acelerar no atual período, uma perspectiva bem mais pessimista do que previsto em pesquisa da Reuters na semana passada.

A economia se contraiu em 0,2 por cento no seguindo trimestre e a expectativa é de que tenha encolhido 0,3 por cento no terceiro, chegando à definição técnica de recessão.

O PMI para o dominante setor de serviços avançou para 46,2, ficando aquém das expectativas de alta para 46,4 ante 46,1 em setembro. Isso aconteceu apesar das empresas do setor terem reduzido os preços cobrados pelo 11o mês seguido.


O pessimismo entre elas ficou maior neste mês, com o índice de expectativas de negócios caindo para 47,8, a menor leitura desde fevereiro de 2009, quando o bloco estava no pior momento da última recessão e os mercados acionários mundiais recuavam.

O desempenho das indústrias foi um pouco melhor, com o PMI industrial chegando ao 15o mês abaixo de 50 ao cair para 45,3 contra 46,1 no mês anterior. Pesquisa da Reuters mostrava expectativa de alta para 46,5.

O índice de produção para o setor, que guiou grande parte da recuperação do bloco na última recessão, caiu para 44,8 ante 45,9 no mês passado.

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