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Plano da equipe de Trump para OMC é criticado por congressistas

A política oficial favorece o uso mais amplo da lei doméstica para processar parceiros comerciais, com tarifas e outras penas impostas em casos de infrações

OMC: os democratas têm dito que Trump não faz o suficiente para detalhar seus planos sobre comércio (Arquivo/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2017 às 21h11.

Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , planeja mudar a maneira de lidar com disputas comerciais, o que gerou tensões com a comunidade empresarial e com congressistas que apoiam as regras internacionais existentes.

A política oficial, divulgada pela equipe de Trump nesta quarta-feira, favorece o uso mais amplo da lei doméstica americana para processar parceiros comerciais, com tarifas e outras penas impostas em casos de infrações comerciais.

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A nova política critica a Organização Mundial de Comércio (OMC) por ser um entrave para leis dos EUA voltadas para exigir compensações de outros países por práticas injustas no comércio.

O presidente do comitê da Câmara dos Representantes que monitora o comércio disse que estava ansioso para trabalhar com Trump a fim de reforçar as regras comerciais existentes, mas rejeitou as críticas à OMC.

"Eu acredito firmemente que nossos acordos atuais de comércio - incluindo com a OMC - têm sido bem-sucedidos para os americanos porque esses acordos estabelecem um Estado de Direito para manter nossos concorrentes sob controle e abrir mercados para vendermos nossos produtos, serviços e itens agropecuários", afirmou o presidente do Ways and Means Committee da Câmara.

"Quando outros países não cumprem as regras, nossos acordos dão a nós poderosos instrumentos por meio de um processo de disputa para retaliá-los."

Os democratas têm dito que Trump não faz o suficiente para detalhar seus planos sobre comércio, apesar de suas críticas da China e de outros parceiros comerciais e das advertências sobre tarifas ou impostos especiais na fronteira.

O documento da política do governo continha argumentos legais para ignorar regras da OMC.

A combinação de questionamento às regras internacionais e a busca por processos unilaterais poderiam levar Washington a ser alvo de retaliações caso outros países questionem as ações dos EUA.

Nesta quarta-feira, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, negou que os EUA fossem ignorar as decisões da OMC.

A própria entidade não tinha nenhum comentário imediato sobre a nova política comercial americana.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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