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PIB recua 0,8% no trimestre e confirma recessão técnica no Brasil

Economia encolheu pelo segundo trimestre consecutivo, mas queda foi menor que a esperada

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2009 às 11h52.

A economia brasileira apresentou um recuo de 0,8% no primeiro trimestre do ano em comparação ao quarto trimestre de 2008. Com o resultado, o Brasil entra em recessão técnica, registrada quando há dois trimestres consecutivos de queda. No último trimestre do ano passado, o índice já havia encolhido 3,6% em relação ao terceiro trimestre, maior queda da série histórica, iniciada em 1996.

Apesar da recessão, a queda do PIB foi menor que a esperada pelo mercado. Segundo economistas consultados pela agência de notícias Reuters, a queda média esperada era de 2,6%. A agência ouviu 25 analistas, que esperavam uma retração entre 1,2% e 3,8%.

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Neste trimestre, a maior redução foi registrada no setor industrial, cuja queda na produção chegou a 3,1%. Na agropecuária, a queda foi de 0,5%. Já o setor de serviços apresentou elevação de 0,8%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o PIB teve queda de 1,8%. Na taxa acumulada nos quatro trimestres terminados em março, o crescimento do PIB foi de 3,1% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Os investimentos no período também registraram forte queda de 12,6% - a maior desde o início da série histórica. Os resultados foram negativos também para o setor de exportações de bens e serviços, que apresentou queda de 16% em comparação ao último trimestre de 2008, e as importações caíram 16,8%.

Em contrapartida as despesas de consumo das famílias cresceram 0,7%, depois de um recuo de 1,8% no trimestre anterior.

No entanto, o comunicado oficial do IBGE aponta para um resultado positivo em todos os setores no acumulado em quatro trimestres. “Após o segundo trimestre de 2006, quando a taxa atingiu 3,0%, houve uma aceleração, atingindo 5,7% no quarto trimestre de 2007 e 6,3% no terceiro trimestre de 2008, e o recuo para 3,1% no primeiro trimestre de 2009. Esta última taxa resultou da elevação de 2,9% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 4,3% nos impostos sobre produtos.”

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (8) que a economia brasileira vai crescer de forma lenta e gradual, e deve atingir entre 3% e 4% no último trimestre de 2009 e o mesmo percentual em 2010. Segundo informações da Agência Brasil, o ministro projeta um crescimento de 1% para este ano. Na ocasião, ele afirmou que o resultado negativo do PIB refletiria uma situação do “passado”. À Agência Brasil ele disse que não se deve fixar a atenção no “retrovisor”, porque o país já vive outra realidade.

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