PIB encolhe 0,3% no 1º tri, queda menor que a esperada
É o 5º trimestre consecutivo de queda, mas o tombo foi menor do que os 0,8% estimados pela Reuters e pelo Itaú Unibanco
João Pedro Caleiro
Publicado em 1 de junho de 2016 às 10h30.
São Paulo - O PIB do Brasil recuou 0,3% no 1º trimestre de 2016 em relação ao 4º trimestre de 2015, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
A economia brasileira começou a registrar contração no início de 2015, então este foi o quinto trimestre consecutivo de queda, mas a queda foi menor do que no trimestre anterior (-1,4%).
O número também veio melhor do que o que estimado pela pesquisa da Reuters (-0,8%) e por instituições financeiras como o Itaú Unibanco (-0,8%) e o Banco Fibra (-1,1%).
O dólar reagiu com queda e às 9:13 recuava 0,28%, a 3,6023 reais na venda.
"Foi um bom resultado até e dá uma perspectiva positiva para o segundo trimestre. A saída da presidente deve melhorar os dados de maio e junho, levando eventualmente os números na margem para o terreno positivo já nesse semestre, quando imaginávamos que isso fosse acontecer mais para o final do ano", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, que já está revendo suas projeções.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a queda foi de 5,4%, a oitava consecutiva.
Na comparação do acumulado dos últimos 4 trimestres em relação aos 4 trimestres anteriores, foi de 4,7% - a maior desde o início da série histórica em 1996.
Setores
Na base trimestral, a agropecuária caiu 0,3%, a indústria recuou 1,2% e os serviços contraíram 0,2%.
Houve queda forte em setores como extração mineral (-1,1%), construção (-1%) e comércio (-1%) e resiliência de setores como eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+1,9%).
Ficaram basicamente estáveis as partes de "outros serviços" (0,1%), "administração, saúde e educação pública" (0,1%) e atividades imobiliárias (0,0%).
A indústria de transformação queda de 10,5% na comparação anual devido ao " recuo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; produtos de borracha e material plástico; eletroeletrônicos e equipamentos de informática; e móveis", diz o IBGE.
O investimento teve seu 13º trimestre consecutivo de recuo. A porcentagem do investimento em relação ao PIB caiu de 19,5% no 1º trimestre de 2015 para 16,9% no 1º trimestre de 2016 enquanto a poupança foi de 16,2% para 14,3% no mesmo período.
O consumo das famílias caiu pelo 5º trimestre consecutivo, fruto da "deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período", segundo o IBGE.
As exportações subiram 6,5% enquanto as importações caíram 5,6%. Na comparação com o mesmo período de 2015, os resultados foram de 13% e -21,7%, respectivamente.
Período de comparação | PIB |
---|---|
1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -0,3% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -5,4% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -4,7% |
Valores correntes no ano (R$) | 1.473,8 bilhões |
.
Período de comparação | Agropec. | Indústria | Serviços |
---|---|---|---|
1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -0,3% | -1,2% | -0,2% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -3,7% | -7,3% | -3,7% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -1,0% | -6,9% | -3,2% |
Valores correntes no ano (R$) | 88,5 bilhões | 257,6 bilhões | 913,9 bilhões |
.
Período de comparação | Investimento | Cons. Fam. | Cons. Gov. |
---|---|---|---|
1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -2,7% | -1,7% | 1,1% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -17,5% | -6,3% | -1,4% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -15,9% | -5% | -1% |
Valores correntes no ano (R$) | 249 bilhões | 946,6 bilhões | 282,8 bilhões |
São Paulo - O PIB do Brasil recuou 0,3% no 1º trimestre de 2016 em relação ao 4º trimestre de 2015, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).
A economia brasileira começou a registrar contração no início de 2015, então este foi o quinto trimestre consecutivo de queda, mas a queda foi menor do que no trimestre anterior (-1,4%).
O número também veio melhor do que o que estimado pela pesquisa da Reuters (-0,8%) e por instituições financeiras como o Itaú Unibanco (-0,8%) e o Banco Fibra (-1,1%).
O dólar reagiu com queda e às 9:13 recuava 0,28%, a 3,6023 reais na venda.
"Foi um bom resultado até e dá uma perspectiva positiva para o segundo trimestre. A saída da presidente deve melhorar os dados de maio e junho, levando eventualmente os números na margem para o terreno positivo já nesse semestre, quando imaginávamos que isso fosse acontecer mais para o final do ano", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, que já está revendo suas projeções.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a queda foi de 5,4%, a oitava consecutiva.
Na comparação do acumulado dos últimos 4 trimestres em relação aos 4 trimestres anteriores, foi de 4,7% - a maior desde o início da série histórica em 1996.
Setores
Na base trimestral, a agropecuária caiu 0,3%, a indústria recuou 1,2% e os serviços contraíram 0,2%.
Houve queda forte em setores como extração mineral (-1,1%), construção (-1%) e comércio (-1%) e resiliência de setores como eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+1,9%).
Ficaram basicamente estáveis as partes de "outros serviços" (0,1%), "administração, saúde e educação pública" (0,1%) e atividades imobiliárias (0,0%).
A indústria de transformação queda de 10,5% na comparação anual devido ao " recuo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; produtos de borracha e material plástico; eletroeletrônicos e equipamentos de informática; e móveis", diz o IBGE.
O investimento teve seu 13º trimestre consecutivo de recuo. A porcentagem do investimento em relação ao PIB caiu de 19,5% no 1º trimestre de 2015 para 16,9% no 1º trimestre de 2016 enquanto a poupança foi de 16,2% para 14,3% no mesmo período.
O consumo das famílias caiu pelo 5º trimestre consecutivo, fruto da "deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período", segundo o IBGE.
As exportações subiram 6,5% enquanto as importações caíram 5,6%. Na comparação com o mesmo período de 2015, os resultados foram de 13% e -21,7%, respectivamente.
Período de comparação | PIB |
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1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -0,3% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -5,4% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -4,7% |
Valores correntes no ano (R$) | 1.473,8 bilhões |
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Período de comparação | Agropec. | Indústria | Serviços |
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1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -0,3% | -1,2% | -0,2% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -3,7% | -7,3% | -3,7% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -1,0% | -6,9% | -3,2% |
Valores correntes no ano (R$) | 88,5 bilhões | 257,6 bilhões | 913,9 bilhões |
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Período de comparação | Investimento | Cons. Fam. | Cons. Gov. |
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1º Tri 2016 / 4º tri 2015 | -2,7% | -1,7% | 1,1% |
1º Tri 2016 / 1º Tri 2015 | -17,5% | -6,3% | -1,4% |
Acumulado 4 tri / 4 tri anteriores | -15,9% | -5% | -1% |
Valores correntes no ano (R$) | 249 bilhões | 946,6 bilhões | 282,8 bilhões |