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PIB da zona do euro cai com indústria e gasto familiar

A produção nos 17 países que compõem a zona do euro encolheu 0,3% de outubro a dezembro em relação ao terceiro trimestre

Informação é da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia (Frank Rumpenhorst/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 08h45.

Bruxelas - Um colapso nos gastos das famílias, nas exportações e na manufatura tirou o vigor da economia da zona do euro nos últimos meses de 2011, informou a União Europeia nesta quinta-feira, mostrando a amplitude da desaceleração que aparenta ter se tornado uma recessão.

A produção nos 17 países que compõem a zona do euro encolheu 0,3 por cento de outubro a dezembro em relação ao terceiro trimestre, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, confirmando a última estimativa divulgada no mês passado.

As famílias europeias, sofrendo com profundos cortes de gastos do governo e alto desemprego, reduziram suas despesas em 0,4 por cento, enquanto os gastos do governo caíram 0,2 por cento no quarto trimestre. As importações dentro da zona do euro caíram 1,2 por cento.

Em um sinal de fraca confiança empresarial, a indústria, que abrange desde manufatura até mineração, declinou 2 por cento no período em relação ao terceiro trimestre, na medida em que aumentaram preocupações sobre a capacidade do bloco monetário em honrar suas dívidas.

A intensidade desse declínio diminuiu após a oferta do Banco Central Europeu (BCE) de 1 trilhão de euros em financiamentos de médio prazo aos bancos e um acordo político entre a maioria dos países da UE em se comprometer com austeridade orçamentária, levando os rendimentos de títulos italianos e espanhóis a níveis administráveis.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse na semana passada que ele também vê uma estabilização na confiança dos empresários, embora em níveis baixos, e a principal autoridade econômica da UE, Olli Rehn, disse na terça-feira que vê sinais de melhora na economia europeia.

Mesmo assim, a Comissão Europeia espera que a zona do euro entre em recessão este ano, com a economia se contraindo 0,3 por cento, e há grandes divergências entre o destino da endividada Grécia e a eficiente Alemanha, puxada pelas exportações.

A Grécia deve sofrer outro ano de recessão em 2012 e provavelmente não retornará ao crescimento até 2014, enquanto a Alemanha e a França, as maiores economias da zona do euro, parecem escapar de uma contração este ano.

A divergência também ficou clara no último trimestre de 2011, quando a Itália, a terceira maior economia da zona do euro, viu sua produção encolher 0,7 por cento, enquanto a França se expandiu 0,2 por cento.

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Bruxelas - Um colapso nos gastos das famílias, nas exportações e na manufatura tirou o vigor da economia da zona do euro nos últimos meses de 2011, informou a União Europeia nesta quinta-feira, mostrando a amplitude da desaceleração que aparenta ter se tornado uma recessão.

A produção nos 17 países que compõem a zona do euro encolheu 0,3 por cento de outubro a dezembro em relação ao terceiro trimestre, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, confirmando a última estimativa divulgada no mês passado.

As famílias europeias, sofrendo com profundos cortes de gastos do governo e alto desemprego, reduziram suas despesas em 0,4 por cento, enquanto os gastos do governo caíram 0,2 por cento no quarto trimestre. As importações dentro da zona do euro caíram 1,2 por cento.

Em um sinal de fraca confiança empresarial, a indústria, que abrange desde manufatura até mineração, declinou 2 por cento no período em relação ao terceiro trimestre, na medida em que aumentaram preocupações sobre a capacidade do bloco monetário em honrar suas dívidas.

A intensidade desse declínio diminuiu após a oferta do Banco Central Europeu (BCE) de 1 trilhão de euros em financiamentos de médio prazo aos bancos e um acordo político entre a maioria dos países da UE em se comprometer com austeridade orçamentária, levando os rendimentos de títulos italianos e espanhóis a níveis administráveis.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse na semana passada que ele também vê uma estabilização na confiança dos empresários, embora em níveis baixos, e a principal autoridade econômica da UE, Olli Rehn, disse na terça-feira que vê sinais de melhora na economia europeia.

Mesmo assim, a Comissão Europeia espera que a zona do euro entre em recessão este ano, com a economia se contraindo 0,3 por cento, e há grandes divergências entre o destino da endividada Grécia e a eficiente Alemanha, puxada pelas exportações.

A Grécia deve sofrer outro ano de recessão em 2012 e provavelmente não retornará ao crescimento até 2014, enquanto a Alemanha e a França, as maiores economias da zona do euro, parecem escapar de uma contração este ano.

A divergência também ficou clara no último trimestre de 2011, quando a Itália, a terceira maior economia da zona do euro, viu sua produção encolher 0,7 por cento, enquanto a França se expandiu 0,2 por cento.

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