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PIB crescerá mais de 3,5% neste ano, afirma Ipea

Sinais de expansão econômica levam instituto a elevar a projeção de crescimento do país em 2004

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h54.

Os contínuos sinais de aquecimento da economia levaram o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a rever sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2004. No início do ano, o instituto projetava uma alta de 3,5%, mas a estimativa deve ser elevada nos próximos dias. Segundo o presidente do Ipea, Glauco Arbix, "todos os dados preliminares indicam um desempenho intenso de diversos setores, sugerindo que a economia deve crescer acima do previsto".

Arbix não informou qual é a nova expectativa de expansão do PIB, argumentando que as informações ainda estão sendo cruzadas pelo Ipea. Ele garantiu, contudo, que não há nenhum elemento no curto prazo que desaconselhe uma elevação das projeções. Mesmo os pontos mais delicados para outros analistas são amenizados por Arbix. O presidente do Ipea considera positivo, por exemplo, o aumento gradual da taxa de juros americana, hoje em 1,5% ao ano, porque permite que o Brasil se prepare com antecedência para evitar a fuga de investidores. Quanto aos constantes reajustes do preço internacional do petróleo, Arbix afirma que o Brasil só será prejudicado se houver "uma hipercrise do setor".

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Internamente, ele aponta o aumento do número de postos formais de trabalho como um sinal da expansão da atividade econômica. O Ministério do Trabalho divulgou, na quinta-feira (19/8), a abertura de 202 mil empregos com carteira assinada em julho, quantia 0,83% maior que a de junho. O país já gerou mais de 1,3 milhão de vagas formais entre janeiro e julho um crescimento acumulado de 5,3% no ano, sobre igual período de 2003.

Conforme o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, a meta agora é atingir 1,8 milhão de postos até dezembro. No mês passado, a indústria de transformação e a agricultura foram os que mais geraram empregos, com 56 mil e 55 mil novas vagas, respectivamente.

Segundo Arbix, do Ipea, o crescimento surpreende também porque, ao contrário do previsto por muitos economistas, está ocorrendo apesar da taxa de juros brasileira ser uma das maiores do mundo. Mas, para que o desempenho continue, o presidente do Ipea afirma que a queda da Selic é necessária.
Com informações da Agência Brasil.

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