PIB cresce 1,6% no primeiro trimestre de 2004

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou variação em volume de 1,6% em relação ao último trimestre do ano passado. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre de 2003 (ano em que o PIB caiu 0,2%), a variação foi de 2,7%.

Na comparação entre o primeiro trimestre de 2004 e o quarto trimestre de 2003, todos os grupos apresentaram taxas positivas. A agropecuária foi o que mais cresceu (3,31%), seguido da indústria (1,66%) e do setor de serviços (0,41%).

Como já era previsto, foi a demanda externa o motor da economia brasileira no primeiro trimestre. Segundo o IBGE, as exportações aumentaram 5,6% e as importações, 4,0% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre do ano anterior. A demanda interna chegou a crescer, mas sem mostrar taxas de causar entusiasmo. Na mesma comparação temporal, o consumo das famílias apresentou variação de 0,3%, e o consumo do governo registrou uma taxa positiva de 0,8%.

Relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado hoje projeta para 2004 uma taxa de 2,8% de crescimento da economia, "caso o PIB real mantenha-se estável nos próximos três trimestres". Mas ressalva que os indicadores publicados pela Fiesp, os dados de produção de aço, as consultas ao SPC e Usecheque, o consumo aparente de energia elétrica em São Paulo e as novas concessões de crédito reforçam "a percepção de um crescimento do PIB bem acima dos 2,8%".

Comparação com outros países

O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre ficou acima da taxa média de expansão na União Européia (0,6%) e do Japão (1,4%). Vale resssaltar que as economias européias e japonesas são mais maduras que a brasileira, que sofreu uma reestruturação na década de 90. Em razão disso, os economistas tendem a considerar normal uma taxa (em %) de crescimento mais modesta nesses países.