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PIB brasileiro cresce 1,4% no primeiro trimestre

Resultado apurado contra os três últimos meses de 2005 mostra que indústria puxou o desempenho da economia

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, soma de todas as riquezas produzidas no país, avançou 1,4% no primeiro trimestre de 2006 contra os últimos três meses do ano passado - crescimento anualizado de 5,7% -, informou nesta quarta-feira (31/5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultado que ficou dentro do esperado por analistas. Na comparação com o primeiro trimestre de 2005, o avanço foi de 3,4%.

Frente ao desempenho do último trimestre do ano passado, os meses de janeiro, fevereiro e março de 2006 mostraram expansão maior na indústria, que teve alta de 1,7%. Os serviços registraram expansão de 0,8%, enquanto a agropecuária cresceu 1,1%. Para Guilherme Maia, da consultoria Tendências, a boa notícia do período ficou por conta da formação bruta de capital fixo, que indica o nível de investimento na economia - houve crescimento de 3,7%. Nos últimos três meses do ano passado, a alta nesse indicador havia sido de 1,7%. "O PIB veio dentro do esperado, mas com um bom perfil por causa da recuperação do investimento", afirma. Ainda na comparação com o último trimestre do ano passado, o consumo das famílias e do governo cresceram, respectivamente, 0,5% e 1%.

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Frente aos resultados do mesmo trimestre de 2005, a indústria também liderou o avanço econômico. Com alta de 5%, o setor teve melhor desempenho do que o dos serviços, com crescimento de 2,8%, e o da agropecuária, que exibiu queda de 0,5% "A taxa da agropecuária pode ser explicada pelo declínio de alguns produtos na safra de 2006", declarou o IBGE, que destacou a queda na produção de algodão, arroz e amendoim, e lembrou ainda que a pecuária se recupera dos efeitos da febre aftosa.

A comparação do PIB do primeiro trimestre com o apurado um ano antes também mostrou que o incremento das importações superou, pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2003, o crescimento das exportações. As compras de produtos do exterior subiram a uma taxa de 15,9%, enquanto as vendas externas tiveram expansão de 9,3% no mesmo período. Para Guilherme Maia, os números são reflexo do fomento ao consumo por meio da maior oferta de crédito e do aumento da renda, e não representam ameaça às contas do país. "O saldo comercial está diminuindo, mas ainda temos um fluxo bom de dólares", afirma.

Nos quatro últimos trimestres, a economia acumula taxa positiva de 2,4%. O PIB brasileiro cresceu a uma taxa de 2,3% no ano passado, somando 1,937 trilhão de reais.

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