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Petróleo cai com temor de guerra comercial após tarifação dos EUA à China

Justificativa de Washington para a tarifação é de que está retaliando o país asiático por "roubo de propriedade intelectual"

Petróleo: força vendedora desencadeada nos negócios do óleo pela canetada de Trump interrompe uma sequência de dois fechamentos dos contratos com altas superiores a 2% (Edgar Su/File Photo/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2018 às 17h51.

São Paulo - O petróleo fechou em baixa na sessão desta quinta-feira, 22, marcada pela volta de fortes temores de que medidas protecionistas do governo dos Estados Unidos deem a partida em uma guerra comercial. Mais cedo, o governo dos Estados Unidos oficializou um pacote tarifário direcionado à China que, de acordo com o presidente Donald Trump , pode chegar ao valor de US$ 60 bilhões. O número diverge do divulgado mais cedo por funcionários da Casa Branca, de US$ 50 bilhões.

A justificativa de Washington para a tarifação é de que está retaliando o país asiático por "roubo de propriedade intelectual". No ato da assinatura do memorando com as medidas, Trump afirmou que aquele seria "o primeiro de muitos".

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Na Nymex, em Nova York, o petróleo WTI para maio fechou em baixa de US$ 0,87 (-1,33%), a US$ 64,30 por barril. Na ICE, em Londres, o Brent para maio caiu US$ 0,56 (-0,81%), a US$ 68,91 por barril.

A pressão sobre os preços da commodity de uma medida com potencial para impactar a demanda comercial de Pequim se deve ao fato de que a China está entre os maiores consumidores de petróleo do planeta.

Na visão do economista-chefe para Estados Unidos da UniCredit, Harm Bandholz, "uma vez que se escorrega para o protecionismo, é difícil saber onde ele vai parar".

Em relatório a clientes, o Julius Bear diz ainda que, apesar de o "colapso" da produção de petróleo da Venezuela e a investida dos EUA contra o Irã serem fatores de que tendem a elevar as cotações da commodity, o embate com Teerã deve ser visto no contexto do acordo de cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Qualquer isolamento do Irã provavelmente ameaçará o cumprimento desse acordo", escrevem os analistas do banco.

A força vendedora desencadeada nos negócios do óleo pela canetada de Trump interrompe uma sequência de dois fechamentos dos contratos com altas superiores a 2%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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