Petróleo abaixo de 40 dólares, às vésperas da reunião da Opep
As cotações internacionais do petróleo recuaram nesta quarta-feira (2/6), depois do recorde de ontem. O barril do petróleo cru leve para entrega em julho, negociado em Nova York, fechou com queda de 5,6%, a 39,96 dólares, revertendo a valorização de 6,1% de terça-feira, quando a cotação encerrou em 42,33. O movimento de preços foi uma […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
As cotações internacionais do petróleo recuaram nesta quarta-feira (2/6), depois do recorde de ontem. O barril do petróleo cru leve para entrega em julho, negociado em Nova York, fechou com queda de 5,6%, a 39,96 dólares, revertendo a valorização de 6,1% de terça-feira, quando a cotação encerrou em 42,33.
O movimento de preços foi uma reação ao aparente apoio de membros importantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reúne 11 países, para que as cotas de produção sejam elevadas aos seus maiores níveis em 15 anos. Em nome da tranqüilização do mercado mundial, espera-se que a Opep rompa seu teto de 23,5 milhões de barris/dia (b/d), fixado em 1º de abril, autorizando produção suplementar de 2,5 milhões de b/d. O próprio presidente da Opep, o indonésio Purnomo Yusgiantoro, afirmou hoje que a organização vai impulsionar a extração de petróleo para causar "um impacto realmente significativo".
Antes mesmo da conclusão da reunião da Opep, os Emirados Árabes Unidos anunciaram que vão aumentar imediatamente sua produção, com 400 mil barris diários de petróleo adicionais durante o mês de junho. A Arábia Saudita já havia decidido produzir mais 700 mil barris diários, também sem esperar aprovação da Opep. Para reforçar a série de furos, o Kuweit manifestou disposição de aumentar sua oferta de petróleo em 100 mil barris diários, a partir de meados deste mês, elevando sua produção total diária para 2,5 milhões de barris.
A grande dúvida é se tais medidas, neste momento, serão capazes de dissipar os temores de que atentados terroristas sistemáticos contra a infra-estrutura petrolífera, como o ocorrido na Arábia Saudita neste fim de semana, sejam capazes de desorganizar a oferta do insumo.