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Orientação tem sido pela manutenção de preços, diz Petrobras

Estatal afirmou que a orientação de seu Conselho de Administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços dos combustíveis

Veículo sendo abastecido com gasolina em um posto da Petrobras no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 21h45.

São Paulo - A Petrobras afirmou na noite desta quarta-feira que a orientação do seu Conselho de Administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços da gasolina e do diesel, segundo um comunicado de esclarecimento de notícias veiculadas na imprensa.

A estatal ainda reiterou uma informação divulgada na terça-feira de que, até o momento, não há data ou percentual definidos para reajuste no preço da gasolina e do diesel.

Na terça-feira, quando o Conselho se reuniu por várias horas, havia forte expectativa do mercado de que um aumento de preços fosse anunciado, o que acabou não ocorrendo.

A Petrobras não explicou na nota desta quarta-feira por que o Conselho tem orientado a manutenção dos preços dos combustíveis. A estatal acumula perdas bilionárias ao longo de 2014 e dos últimos anos devido à defasagem das cotações de venda no mercado interno na comparação com os valores internacionais, em meio a volumosas importações.

Mas, recentemente, com a acentuada queda do petróleo e o impacto do valor da commodity na cotação dos combustíveis no exterior, a defasagem do preço foi sendo reduzida e, no caso da gasolina, até chegou a deixar de existir.

O Conselho, entretanto, é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, representante do sócio controlador, o governo, que com um reajuste de combustíveis correria o risco de não cumprir a meta de inflação neste ano, que já está rondando acima do teto no acumulado de 12 meses.

A estatal destacou em nota que o reajuste dos combustíveis é assunto de competência da Diretoria Executiva, observando-se a política de preços aprovada pelo Conselho de Administração em 29 de novembro de 2013.

Em conformidade com esta política, durante as reuniões de Conselho Administração, a Diretoria Executiva apresenta aos conselheiros os indicadores que servem de balizamento para eventuais ajustes nos preços, explicou a estatal, acrescentando que "a orientação do CA (Conselho) tem sido pela manutenção dos níveis de preços".

Nova Reunião

A nota de esclarecimento afirmou ainda que está agendada uma nova reunião do Conselho de Administração para o próximo dia 14 de novembro, cuja pauta prevê a apresentação das Demonstrações Financeiras do 3º trimestre de 2014.

A Petrobras disse ainda que "não procede a informação que a PriceWaterhouseCoopers (PWC) haveria se negado a aprovar as Demonstrações Financeiras da companhia", em meio a denúncias de corrupção levantadas pela operação Lava Jato, da Polícia Federal.

"Neste momento, os trabalhos de auditoria independente da PWC estão em andamento", afirmou. No fim de outubro, a petroleira contratou duas empresas independentes para investigar as denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação da Polícia Federal.

Texto atualizado às 22h44min do mesmo dia.

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São Paulo - A Petrobras afirmou na noite desta quarta-feira que a orientação do seu Conselho de Administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços da gasolina e do diesel, segundo um comunicado de esclarecimento de notícias veiculadas na imprensa.

A estatal ainda reiterou uma informação divulgada na terça-feira de que, até o momento, não há data ou percentual definidos para reajuste no preço da gasolina e do diesel.

Na terça-feira, quando o Conselho se reuniu por várias horas, havia forte expectativa do mercado de que um aumento de preços fosse anunciado, o que acabou não ocorrendo.

A Petrobras não explicou na nota desta quarta-feira por que o Conselho tem orientado a manutenção dos preços dos combustíveis. A estatal acumula perdas bilionárias ao longo de 2014 e dos últimos anos devido à defasagem das cotações de venda no mercado interno na comparação com os valores internacionais, em meio a volumosas importações.

Mas, recentemente, com a acentuada queda do petróleo e o impacto do valor da commodity na cotação dos combustíveis no exterior, a defasagem do preço foi sendo reduzida e, no caso da gasolina, até chegou a deixar de existir.

O Conselho, entretanto, é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, representante do sócio controlador, o governo, que com um reajuste de combustíveis correria o risco de não cumprir a meta de inflação neste ano, que já está rondando acima do teto no acumulado de 12 meses.

A estatal destacou em nota que o reajuste dos combustíveis é assunto de competência da Diretoria Executiva, observando-se a política de preços aprovada pelo Conselho de Administração em 29 de novembro de 2013.

Em conformidade com esta política, durante as reuniões de Conselho Administração, a Diretoria Executiva apresenta aos conselheiros os indicadores que servem de balizamento para eventuais ajustes nos preços, explicou a estatal, acrescentando que "a orientação do CA (Conselho) tem sido pela manutenção dos níveis de preços".

Nova Reunião

A nota de esclarecimento afirmou ainda que está agendada uma nova reunião do Conselho de Administração para o próximo dia 14 de novembro, cuja pauta prevê a apresentação das Demonstrações Financeiras do 3º trimestre de 2014.

A Petrobras disse ainda que "não procede a informação que a PriceWaterhouseCoopers (PWC) haveria se negado a aprovar as Demonstrações Financeiras da companhia", em meio a denúncias de corrupção levantadas pela operação Lava Jato, da Polícia Federal.

"Neste momento, os trabalhos de auditoria independente da PWC estão em andamento", afirmou. No fim de outubro, a petroleira contratou duas empresas independentes para investigar as denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação da Polícia Federal.

Texto atualizado às 22h44min do mesmo dia.

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