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Paraná reduz previsão de safra de trigo por geadas

Estimativa foi reduzida para 1,7 milhão de toneladas, ante 1,96 milhão de toneladas na projeção de agosto

Produção de trigo: potencial produtivo do Paraná era de 2,9 milhões de toneladas antes das geadas de julho e agosto (Adriano Machado/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 18h22.

São Paulo - O Paraná reduziu a sua estimativa de produção de trigo em mais de 200 mil toneladas na comparação com a previsão do mês passado, com o Estado contabilizando agora as perdas resultantes das geadas de agosto, informou o Departamento de Economia Rural (Deral), do governo estadual, nesta quinta-feira.

A estimativa foi reduzida para 1,7 milhão de toneladas, ante 1,96 milhão de toneladas na projeção de agosto, que já contava perdas de cerca de 1 milhão de toneladas por conta das severas geadas de julho.

O potencial produtivo do Estado era de 2,9 milhões de toneladas antes das geadas de julho e agosto, o que indica uma quebra de safra superior a 40 por cento. No ano passado, o Paraná produziu 2,1 milhões de toneladas do cereal .

"O que pegou o trigo foram as duas geadas e um período seco entre junho e julho, no norte", explicou o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Não fosse pela geada, o Paraná poderia ser o maior produtor nacional do cereal em 2013.

A colheita do trigo que sobrou no Paraná atingiu 26 por cento da área total, descontando as lavouras perdidas.

A quebra de safra do trigo resultou em preços recordes no mercado interno.

Mas com a chegada de mais lotes da nova colheita ao mercado, as cotações recuaram um pouco na última semana, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No mercado de balcão (pago ao produtor), o trigo recuou 2,3 por cento no Paraná na semana de 16 a 23 de setembro, segundo o Cepea.


Com uma safra de trigo menor no Paraná, o país espera contar com uma boa produção no Rio Grande do Sul, outro Estado importante produtor do Brasil, que importa a maior parte de suas necessidades.

Lavouras de Verão

Após um período de chuvas intensas, o tempo está mais firme no Paraná, segundo produtor de soja do Brasil após o Mato Grosso, e os trabalhos de plantio da nova safra podem prosseguir, disse o economista do Deral.

"Entre ontem e hoje está seco, já dá para avançar mais no plantio. No próximo relatório (da semana que vem), deve dar uma 'estiligada' no plantio", afirmou o economista, lembrando que as chuvas das últimas duas semanas preocuparam produtores, que estavam impedidos de entrar com as máquinas nos campos.

Até o momento o plantio de soja atingiu 2 por cento da área prevista, ante 3 por cento no mesmo período do ano passado, com os trabalhos já se desenvolvendo nas regiões de Cascavel e Toledo (oeste), Campo Mourão (norte) e Pato Branco (sudoeste).

O Paraná deverá colher um recorde de 16,3 milhões de toneladas de soja na temporada 2013/14, crescimento de 3 por cento ante o período anterior, com os produtores optando pela oleaginosa e deixando para plantar o milho na segunda safra.

"A parte climática em termos de chuva e umidade está sendo regularizada. O que estamos monitorando é que está bem frio... Isso retarda um pouco o desenvolvimento, mas isso não quer dizer que venha a ter perda de produtividade." Esse comentário, segundo o economista, vale também para o plantio inicial de milho, que já atingiu 27 por cento da área projetada, ante 26 por cento no mesmo período do ano passado.

No caso do milho, a expectativa é de uma colheita 18 por cento menor no verão ante a safra 2012/13, para 5,9 milhões de toneladas, justamente porque produtores devem reduzir drasticamente o plantio do cereal para plantar mais soja, que apresenta uma rentabilidade mais favorável neste ano.

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A estimativa foi reduzida para 1,7 milhão de toneladas, ante 1,96 milhão de toneladas na projeção de agosto, que já contava perdas de cerca de 1 milhão de toneladas por conta das severas geadas de julho.

O potencial produtivo do Estado era de 2,9 milhões de toneladas antes das geadas de julho e agosto, o que indica uma quebra de safra superior a 40 por cento. No ano passado, o Paraná produziu 2,1 milhões de toneladas do cereal .

"O que pegou o trigo foram as duas geadas e um período seco entre junho e julho, no norte", explicou o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Não fosse pela geada, o Paraná poderia ser o maior produtor nacional do cereal em 2013.

A colheita do trigo que sobrou no Paraná atingiu 26 por cento da área total, descontando as lavouras perdidas.

A quebra de safra do trigo resultou em preços recordes no mercado interno.

Mas com a chegada de mais lotes da nova colheita ao mercado, as cotações recuaram um pouco na última semana, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No mercado de balcão (pago ao produtor), o trigo recuou 2,3 por cento no Paraná na semana de 16 a 23 de setembro, segundo o Cepea.


Com uma safra de trigo menor no Paraná, o país espera contar com uma boa produção no Rio Grande do Sul, outro Estado importante produtor do Brasil, que importa a maior parte de suas necessidades.

Lavouras de Verão

Após um período de chuvas intensas, o tempo está mais firme no Paraná, segundo produtor de soja do Brasil após o Mato Grosso, e os trabalhos de plantio da nova safra podem prosseguir, disse o economista do Deral.

"Entre ontem e hoje está seco, já dá para avançar mais no plantio. No próximo relatório (da semana que vem), deve dar uma 'estiligada' no plantio", afirmou o economista, lembrando que as chuvas das últimas duas semanas preocuparam produtores, que estavam impedidos de entrar com as máquinas nos campos.

Até o momento o plantio de soja atingiu 2 por cento da área prevista, ante 3 por cento no mesmo período do ano passado, com os trabalhos já se desenvolvendo nas regiões de Cascavel e Toledo (oeste), Campo Mourão (norte) e Pato Branco (sudoeste).

O Paraná deverá colher um recorde de 16,3 milhões de toneladas de soja na temporada 2013/14, crescimento de 3 por cento ante o período anterior, com os produtores optando pela oleaginosa e deixando para plantar o milho na segunda safra.

"A parte climática em termos de chuva e umidade está sendo regularizada. O que estamos monitorando é que está bem frio... Isso retarda um pouco o desenvolvimento, mas isso não quer dizer que venha a ter perda de produtividade." Esse comentário, segundo o economista, vale também para o plantio inicial de milho, que já atingiu 27 por cento da área projetada, ante 26 por cento no mesmo período do ano passado.

No caso do milho, a expectativa é de uma colheita 18 por cento menor no verão ante a safra 2012/13, para 5,9 milhões de toneladas, justamente porque produtores devem reduzir drasticamente o plantio do cereal para plantar mais soja, que apresenta uma rentabilidade mais favorável neste ano.

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