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Paraguai e Brasil iniciam operações em moeda local para diminuir custos

Sistema de Pagamento de Moeda Local é um mecanismo que pretende evitar as conversões cambiais e reduzir os custos operacionais nas transações

Paraguai e Brasil: dois países apostam que entrada em funcionamento do sistema pode reduzir custos dos fretes, das transferências de pequeno valor e de investimentos diretos (Mario Valdez/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 17h44.

Assunção - Paraguai e Brasil começaram a realizar operações comerciais com o Sistema de Pagamento de Moeda Local (SML), um mecanismo que pretende evitar as conversões cambiais e reduzir os custos operacionais nas transações.

O início da operação foi informado por técnicos do Banco Central do Paraguai (BCP) nesta terça-feira. O SML permitirá que os importadores façam pagamentos em moeda local, seja em reais ou em guaranis, e o exportador receber os valores em sua própria divisa.

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A taxa de câmbio será estipulada pelos Bancos Centrais dos dois países, baseada em dados dos mercados internos. O valor é o mesmo, independentemente do volume da operação, e será atualizado sempre às 16h locais, com vigência até o mesmo horário do dia seguinte.

Além disso, cada instituição financeira cobrará de seus clientes as taxas fixadas para esse tipo de operação cambial.

O subgerente de Operações Financeiras do BCP, Holger Insfrán, explicou em entrevista coletiva que o importador deverá ir ao seu banco, solicitar o serviço em moeda local e fornecer os dados da empresa que receberá a transferência.

A instituição financeira pedirá autorização do Banco Central para executar a operação. O dinheiro só sai da conta no dia seguinte.

"A operação é simples, ambos os bancos centrais têm muita pratica em transferências internacionais, experiência em sistemas de pagamentos locais. É uma extensão do que normalmente fazemos no dia a dia", explicou o subgerente de Operações.

O objetivo da medida é facilitar as operações de pequenas e médias empresas, setores que normalmente operam em moeda local. As grandes companhias fazem a maior parte de seus negócios em dólares.

"O SML não é um mecanismo de cobertura de risco de conversão cambial, mas sim um sistema que busca reduzir os custos operacionais das pequenas empresas", explicou Insfrán.

Além disso, os dois países apostam que a entrada em funcionamento do sistema pode reduzir os custos dos fretes, das transferências de pequeno valor e de investimentos diretos.

A assinatura do convênio para implementar o SML ocorreu em 2015, mas o sistema só começou a operar ontem. O mecanismo foi criado dentro do Mercosul, em 2007, com um primeiro acordo entre Brasil e Argentina.

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