Para Fitch, economia do Brasil deve crescer 3,7% em 2013
Segundo a agência, a recuperação brasileira e as dinâmicas favoráveis na maioria dos países da região deverão conduzir a recuperação econômica da AL como um todo
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - A economia do Brasil deverá ter expansão de 3,7% neste ano - o mesmo avanço projetado para América Latina como um todo -, ante a alta de apenas 1% estimada para 2012, afirmou a diretora do grupo soberano da América Latina da Fitch, Shelly Shetty.
No entanto, ela destacou alguns riscos persistentes para a economia brasileira. "A desaceleração econômica do Brasil tem sido mais prolongada que o esperado", ressaltou. "Para este ano, nós estamos vendo uma recuperação, embora haja incerteza em relação ao ritmo de recuperação, que está ocorrendo em resposta às políticas de estímulo adotados pelo Brasil diante das fracas condições globais.
O governo do Brasil cortou as taxas de juros em 2012 e os impostos sobre bens de consumo para estabelecer um estágio para uma recuperação neste ano. A taxa de juros básica, a Selic, está agora em uma mínima histórica de 7,25%, em relação ao pico de 2011, de 12,5%.
Outra causa de preocupação é o problema da inflação, que continua acima das metas do governo. O Brasil encerrou 2012 com uma inflação de 5,84%, levemente abaixo da taxa de 6,5% em 2011, mas bem acima da meta do governo de 4,5%. A meta de inflação de 2011 foi também de 4,5%.
A recuperação brasileira e as dinâmicas favoráveis na maioria dos países da região deverão conduzir a recuperação econômica da América Latina como um todo, afirmou Shetty. A agência de classificação de risco prevê que a América Latina crescerá 3,7% neste ano, após expansão estimada de 2,8% no ano passado.
Ela afirmou que nos últimos anos, os países latino-americanos se tornaram mais resistentes que outros à crise econômica mundial. Os países da região conseguiram aumentar suas reservas cambiais, que totalizaram cerca de US$ 812 milhões no fim de 2012, em comparação com US$ 494 bilhões de 2008.
Em relação ao México, a segunda maior economia da América Latina, Shetty afirmou que a Fitch espera uma certa desaceleração, devido ao contínuo baixo desempenho da economia dos EUA. A Fitch prevê que a economia mexicana terá alta de 3,6% neste ano, ante crescimento projetado de 3,8% em 2012.
Segundo a Fitch, Bolívia, Chile, Panamá, Peru, Suriname e Uruguai deverão ter um desempenho melhor que o crescimento médio regional em 2013, com o Panamá apresentando o crescimento econômico mais rápido na região. Mas as economias da Argentina, El Salvador, Jamaica e Venezuela deverão ter um desempenho abaixo da média.
Shetty afirmou também que as ações sobre os ratings da América Latina deverão ficar amplamente estáveis neste ano. "Atualmente, nós temos apenas dois países com perspectivas positivas para seus ratings de créditos, o que indica que nós estamos vendo grandes mudanças, a partir da perspectiva de ratings de crédito, na região neste ano", afirmou Shetty.
Atualmente, o Uruguai e o Equador, que possuem ratings BB+ e B-, respectivamente, tem perspectivas de crédito positivos, enquanto a Argentina, El Salvador e Venezuela tem perspectivas negativas. As informações são da Dow Jones.
São Paulo - A economia do Brasil deverá ter expansão de 3,7% neste ano - o mesmo avanço projetado para América Latina como um todo -, ante a alta de apenas 1% estimada para 2012, afirmou a diretora do grupo soberano da América Latina da Fitch, Shelly Shetty.
No entanto, ela destacou alguns riscos persistentes para a economia brasileira. "A desaceleração econômica do Brasil tem sido mais prolongada que o esperado", ressaltou. "Para este ano, nós estamos vendo uma recuperação, embora haja incerteza em relação ao ritmo de recuperação, que está ocorrendo em resposta às políticas de estímulo adotados pelo Brasil diante das fracas condições globais.
O governo do Brasil cortou as taxas de juros em 2012 e os impostos sobre bens de consumo para estabelecer um estágio para uma recuperação neste ano. A taxa de juros básica, a Selic, está agora em uma mínima histórica de 7,25%, em relação ao pico de 2011, de 12,5%.
Outra causa de preocupação é o problema da inflação, que continua acima das metas do governo. O Brasil encerrou 2012 com uma inflação de 5,84%, levemente abaixo da taxa de 6,5% em 2011, mas bem acima da meta do governo de 4,5%. A meta de inflação de 2011 foi também de 4,5%.
A recuperação brasileira e as dinâmicas favoráveis na maioria dos países da região deverão conduzir a recuperação econômica da América Latina como um todo, afirmou Shetty. A agência de classificação de risco prevê que a América Latina crescerá 3,7% neste ano, após expansão estimada de 2,8% no ano passado.
Ela afirmou que nos últimos anos, os países latino-americanos se tornaram mais resistentes que outros à crise econômica mundial. Os países da região conseguiram aumentar suas reservas cambiais, que totalizaram cerca de US$ 812 milhões no fim de 2012, em comparação com US$ 494 bilhões de 2008.
Em relação ao México, a segunda maior economia da América Latina, Shetty afirmou que a Fitch espera uma certa desaceleração, devido ao contínuo baixo desempenho da economia dos EUA. A Fitch prevê que a economia mexicana terá alta de 3,6% neste ano, ante crescimento projetado de 3,8% em 2012.
Segundo a Fitch, Bolívia, Chile, Panamá, Peru, Suriname e Uruguai deverão ter um desempenho melhor que o crescimento médio regional em 2013, com o Panamá apresentando o crescimento econômico mais rápido na região. Mas as economias da Argentina, El Salvador, Jamaica e Venezuela deverão ter um desempenho abaixo da média.
Shetty afirmou também que as ações sobre os ratings da América Latina deverão ficar amplamente estáveis neste ano. "Atualmente, nós temos apenas dois países com perspectivas positivas para seus ratings de créditos, o que indica que nós estamos vendo grandes mudanças, a partir da perspectiva de ratings de crédito, na região neste ano", afirmou Shetty.
Atualmente, o Uruguai e o Equador, que possuem ratings BB+ e B-, respectivamente, tem perspectivas de crédito positivos, enquanto a Argentina, El Salvador e Venezuela tem perspectivas negativas. As informações são da Dow Jones.