Economia

Palocci diz que Brasil não terá mais acordo com o FMI a partir de 2005

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, acredita que o Brasil não precisará renovar ou iniciar nenhum acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2005. "Acreditamos que o Brasil tem condições de manter sua política econômica sem a necessidade de um novo acordo", afirmou Palocci na noite deste domingo (25/4), em Washington, Estados Unidos, onde […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, acredita que o Brasil não precisará renovar ou iniciar nenhum acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2005. "Acreditamos que o Brasil tem condições de manter sua política econômica sem a necessidade de um novo acordo", afirmou Palocci na noite deste domingo (25/4), em Washington, Estados Unidos, onde acontece uma reunião do FMI.

O ministro brasileiro discursou ao Comitê de Desenvolvimento e ao Comitê Financeiro e Monetário Internacional e para ambos mencionou que as instituições financeiras internacionais precisam apoiar mais os investimentos em infra-estrutura e garantir acordos de precaução contra a volatilidade global e choques externos. Palocci ressaltou, no entanto, que mesmo que o FMI crie tais acordos, o Brasil não pretende usufruí-los.

Em seu discurso de ontem à noite, Palocci voltou a defender a política fiscal do governo Lula. "Na política fiscal, por mais que haja fogo amigo, debates, sugestões, o governo está muito firme em seus compromissos fiscais, e os reafirma para o ano que vem e para os próximos anos", disse ele. Palocci também disse que não acredita que a confiança no país tenha diminuído. Para ele, a alta do risco-país em emissões brasileiras nos últimos meses não reflete uma piora nos fundamentos do Brasil, mas "já precifica um pouco do ajuste monetário americano."

Na próxima semana, uma missão do FMI virá ao Brasil para a segunda revisão do acordo renovado pelo país no ano passado e para discutir o início de projetos-pilotos de investimentos em infra-estrutura sem incluir os gastos dos projetos nos cálculos do superávit primário conforme vinha pleiteando o Brasil e a Argentina nos últimos meses. De acordo com informações do próprio ministro da Fazenda brasileiro, a direção do fundo autorizou a execução de projetos pilotos em alguns países, o Brasil entre eles.

A proposta brasileira pede que investimentos que tragam retorno financeiro, como os realizados por estatais administradas de forma comercial (que tenham ações em Bolsa de Valores, por exemplo), não sejam considerados simplesmente como despesas o que abate o saldo final do superávit primário (o dinheiro destinado a pagar os juros da dívida pública) do país. 

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