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Palocci acredita na queda dos juros

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, declarou que caso se confirmem as perspectivas de queda efetiva da inflação, os juros poderão cair progressivamente. Porém, ressaltou que trabalha, no entanto, com a meta de inflação. Para os próximos 12 meses, a expectativa inicial de inflação do governo é de 6,75%, podendo chegar a 7% com ajuste. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, declarou que caso se confirmem as perspectivas de queda efetiva da inflação, os juros poderão cair progressivamente. Porém, ressaltou que trabalha, no entanto, com a meta de inflação. Para os próximos 12 meses, a expectativa inicial de inflação do governo é de 6,75%, podendo chegar a 7% com ajuste. Em 2004, a inflação pode chegar a 5,5%, de acordo com o ministro.

Segundo Palocci só é possivel trabalhar com um parâmetro. Ou a meta de inflação ou a de juros. "Se tudo der certo nas questões macroeconômicas, não tem porque esperar juros maiores. A queda é uma tendência natural. Este mês tivemos deflação de atacado e varejo, que é uma cirscunstância dentro de um trabalho de combate à inflação e que está sendo vitorioso, mas é evidente que não vamos ter um período de deflação", declarou o ministro, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Conferência Espanhola das Organizações Empresariais, em Madri.

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Palocci defende uma perspectiva otimista para a política monetária. O governo não tem meta de câmbio e, segundo ele, as exportações brasileiras continuam dando certo. Em junho, o saldo comercial brasileiro bateu recorde de US$ 10 bihões.

"A perspectiva é de valorização da queda na medida em que há valorização do câmbio, mas na economia sempre que se ajusta um problema, se cria um novo parâmetro para outro setor. É preciso acompanhar esse parâmetro, é preciso que o exportador brasileiro trabalhe na expectativa de que é necessário manter a Balança Comercial positiva, que é de interesse do país. É preciso qualificar parte da exportação e ganhar novos mercados", afirmou o ministro.

Para o governo, se as exportações dependerem apenas do câmbio, o governo é forçado a adotar a elevação cambial, o que gera inflação. "A queda do câmbio foi um processo necessário para o ajustamento da economia brasileira. No plano do comércio exterior, a tendência é melhorar. Nossa meta de crescimento industrial na Lei das Diretrizes Orçamentárias(LDO) é de 3,5%, para 2004", disse Palocci.

Na próxima reunião da LDO, dia 17, em Brasília, o governo deverá apresentar programas de investimentos. Será criado um projeto ordenado de ações tributárias e de crédito para o crescimento da economia. O ministro da Fazenda afirmou que não haverá proteção de apenas alguns setores, mas que a economia será protegida como um todo. Segundo Palocci, o que garante de maneira definitiva a desoneração das exportações, é uma medida efetiva de melhoria no desenvolvimento industrial e do quadro de exportações.

"Essas medidas ajudam a economia. Podemos, eventualmente, tomar medidas parciais, setoriais se for necesário, mas nossa perspectiva não é de um pacote de uma série de medidas setoriais, mas sim de medidas que, no geral, incentivam o processo econômico", ressaltou.

Reformas

"O governo não apoiará mudanças que mexam na estrutura, na coluna vertebral das reformas", disse Palocci a jornalistas em Madri. Para ele, no caso da reforma previdenciária, que a "coluna vertebral" é a sustentabilidade das contas da Previdência, o ministro disse que os servidores precisam ver a mudança como um esforço para garantir os direitos e não para tirá-los. Ele também disse que é "fundamental" a ampliação do prazo de trabalho dos servidores.

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