País está criando regras para investimento em infraestrutura
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles citou recentes leilões de aeroportos e energia que trarão investimentos ao país para os próximos 30 anos
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2017 às 16h55.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às 18h59.
Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , disse que o Brasil está criando regras que viabilizam o investimento privado na infraestrutura .
A declaração foi dada depois de reunião com o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, e empresários do país.
Meirelles citou recentes leilões de aeroportos e energia que trarão investimentos para os próximos 30 anos e disse que novas iniciativas como essas serão realizadas.
"Um ambiente econômico mais responsável e previsível é crucial para o crescimento e desenvolvimento econômico", afirmou.
No encontro, o ministro apoiou ainda o pedido do Brasil de se tornar um país membro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Gostamos de saber que contamos com apoio do Reino Unido", disse Meirelles.
De acordo com o ministro, a reunião foi bastante produtiva e discutiu a cooperação bilateral nas áreas de serviços financeiros, infraestrutura, comércio e investimentos. Em 2016, a corrente de comércio entre os dois países chegou a R$ 16 bilhões.
O ajuste fiscal brasileiro foi discutido nas reuniões, o que, segundo Meirelles, elimina uma grande fonte de instabilidade pela qual o país passou nos últimos anos.
Ele afirmou ainda que há uma série de reformas microeconômicas que fazem com que o Brasil continue a crescer no ranking dos países com facilidade de se fazer negócios.
Importância
O ministro Philip Hammond reafirmou o interesse dos britânicos em ampliar o comércio exterior com o País em meio ao processo de saída do país da União Europeia.
"O Brasil terá um papel muito importante (em meio ao processo de Brexit), pois queremos aumentar o comércio exterior com o mundo", disse o ministro britânico após reunião com Henrique Meirelles.
Hammond explicou que, diante da decisão do eleitorado britânico de deixar a União Europeia, o Reino Unido busca ampliar o comércio com outros parceiros econômicos. Nessa estratégia, o Brasil é um dos alvos.
O ministro explicou que britânicos e brasileiros têm "relação forte e histórica" e, por isso, o país é um parceiro importante para Londres.
Uma das iniciativas para isso é o aumento de cerca de 50% no crédito disponível para a exportação ao Brasil que já soma cerca de 3 bilhões de libras.
Ao lado do colega brasileiro, o ministro britânico disse que o Reino Unido apoia a "agenda de reformas (do Brasil) que é um passo vital para o retorno à prosperidade".
"O Brasil é a maior economia da América Latina e é ótimo ver a retomada do crescimento", afirmou.
Nesse esforço, Hammond elogiou a iniciativa do Brasil de aderir à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Enquanto o processo de saída da UE não é concluído, o Reino Unido segue membro pleno do grupo europeu. Por isso, o ministro de Finanças defendeu que o grupo avance com as negociações com o Mercosul.
"Enquanto o Reino Unido segue membro da UE, apoiamos fortemente acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse.