Economia

Resgate do Chipre pode ser igual à metade de seu PIB

A ilha do Mediterrâneo, que tem um setor bancário altamente exposto à endividada Grécia, pediu financiamento de resgate da União Europeia

Notas de euros: o Chipre é o terceiro menor país da zona do euro (Pedro Armestre/AFP)

Notas de euros: o Chipre é o terceiro menor país da zona do euro (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 09h29.

Nicósia - O Chipre, o quinto país da zona do euro a buscar financiamento de emergência da Europa, pode precisar de um resgate de até 10 bilhões de euros, mais que a metade do tamanho de sua economia, segundo afirmaram autoridades nesta terça-feira.

A ilha do Mediterrâneo, que tem um setor bancário altamente exposto à endividada Grécia, informou na segunda-feira que estava se candidatando formalmente para receber financiamento de resgate da União Europeia (UE).

O Chipre é o terceiro menor país da zona do euro, mas une-se a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha em buscar financiamento de resgate da UE para tentar continuar solvente, e é o sinal mais recente de que as autoridades falharam em conter a crise da dívida.

Os líderes europeus se encontrarão numa cúpula na quinta e sexta-feiras, mas não se espera uma solução duradoura para os problemas da região, que também pressionaram os custos de empréstimo da Itália.

Autoridades da zona do euro disseram que o pacote de até 10 bilhões de euros estava sendo considerado para a economia cipriota de 17,3 bilhões de euros.

"O número exato ainda não foi decidido. Era para ser 6 bilhões para financiamento estatal e 2 bilhões para os bancos, mas isso é otimista -é mais provável que seja 7 e 3- até 10 bilhões de euros no total", disse uma autoridade da zona do euro.

Uma segunda autoridade confirmou que a quantia provável era de 10 bilhões de euros, um valor enorme para o Chipre.

Embora o montante esteja dentro do alcance do fundo de resgate provisório, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), ele pode levar a demandas de garantias ou que detentores privados de títulos assumam perdas como fizeram com a Grécia.

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