Os melhores países para imigrantes em 2010
Estudo do HSBC lista as nações que oferecem as melhores condições de vida para expatriados
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h28.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.
São Paulo - Depois que a crise afundou a maioria das economias europeias, uma das alternativas para quem perdeu o emprego e viu as condições de vida se deteriorarem foi procurar um novo país para morar. Uma pesquisa do banco HSBC mostra que muitos países emergentes estão entre os melhores destinos para os expatriados. O estudo levou em consideração critérios como oportunidades de emprego, salários, custo de vida e oferta de moradia, para elaborar um ranking com 25 países. Em 2010, a Rússia foi o local que melhor acolheu os imigrantes. Não há países desenvolvidos entre os dez primeiros do ranking. Os Estados Unidos aparecem apenas na décima segunda colocação. Destinos europeus, populares nas três últimas décadas, deram lugar a países como a Arábia Saudita, Qatar, ilhas Bermudas, os exuberantes Emirados Árabes e Singapura. A Holanda é a última colocada do ranking. O Brasil ficou de fora da lista, mas, segundo o estudo do HSBC, foi por pouco. A tendência é que o país entre na média considerada suficiente para figurar entre os 25 destinos mais atraentes, sobretudo por causa de sua economia. Segundo o HSBC, 69% dos imigrantes dizem que a situação no Brasil está melhor do que no país de origem. Veja nas fotos ao lado os dez países que ofereceram as melhores oportunidades para imigrantes em 2010
São Paulo - Pelo segundo ano consecutivo a Rússia ocupa o topo da lista da pesquisa do HSBC. Ela é apontada pelos estrangeiros como o melhor país para tentar uma nova vida. O grande atrativo, segundo quem se muda para lá, são os maiores salários. Quase 90% dos imigrantes dizem que, na Rússia, conseguem guardar mais dinheiro do que em seu país de origem. Além disso, 36% dos expatriados ganham mais do que 250 mil dólares por ano. O curioso é que a maioria deles (76%) reclama dos preços, dizendo que gastam mais com alimentos, bebidas e aluguel do que quando viviam no país-natal. Por outro lado, o transporte é, em média, mais barato. Outro bônus de se viver na Rússia, na visão dos imigrantes, é a facilidade em se conseguir abrir o próprio negócio. Um quarto dos estrangeiros que participaram da pesquisa é empresário (o porte da empresa não foi considerado). Além disso, 67% dos entrevistados pelo HSBC garantiram que na Rússia há mais feriados do que em seus países de origem. O estudo mostra que 42% dos estrangeiros na Rússia procedem do Reino Unido, 12% da Holanda, 6% dos Estados Unidos, 6% do Canadá e 6% da França.
São Paulo - De acordo com o levantamento do HSBC, 85% dos imigrantes que escolhem a Arábia Saudita para ser seu novo lar são motivados pelas oportunidades de carreira e chances de enriquecer. No ranking do estudo, a Arábia aparece na segunda posição. Mais do que um terço dos imigrantes que vão para o reino procuram o setor financeiro para trabalhar (36% dos entrevistados). Além disso, 92% dos imigrantes dizem que na Arábia Saudita eles conseguem guardar mais dinheiro do que em seus países de origem. Apesar das grandes oportunidades, a pesquisa mostra que os forasteiros vivendo na Arábia não gostam da ideia de investir no país que os hospeda. Cem por cento dos imigrantes que vivem no reino remetem a maior parte do que ganham à terra-natal.
São Paulo - Depois que a crise abalou o mundo, a percepção dos migrantes sobre os países que os receberam mudou. Segundo a pesquisa do HSBC, 47% dos entrevistados disseram que a situação econômica ficou inalterada ou piorou nos últimos anos. Mesmo assim, em alguns países, os migrantes não manifestam o desejo de se mudarem de novo. É o caso dos imigrantes que vivem no Barein, terceiro colocado da lista dos melhores países para os migrantes. No país, 97% dos estrangeiros dizem que não querem voltar para casa, mesmo não havendo progresso na situação econômica. Uma das explicações do estudo para este comportamento é que países como o Barein, além do Qatar e os Emirados Árabes, tendem a ser bons lugares para estrangeiros lucrarem e pouparem dinheiro.
São Paulo - Luxo - e muito - é o que faz dos Emirados Árabes o quarto melhor destino para migrantes no mundo. Segundo a pesquisa do HSBC, quem se muda para lá fica deslumbrado com o acesso mais fácil a carrões (motivo citado por 63% dos estrangeiros que moram na região) e grandes propriedades (58%). Outra característica apontada pelos entrevistados faz os Emirados parecerem um paraíso: quase 95% dos participantes do estudo dizem que pagam menos impostos do que em seu país de origem. A maioria dos imigrantes na região (50%) é do Reino Unido, mas também há indianos (10%), Australianos (7%) e Canadenses (5%). Apesar da pujança, 2009 foi um ano difícil para a região dos Emirados. O consórcio estatal Dubai World revelou uma dívida de quase 25 bilhões de dólares, e pediu moratória. A notícia abalou não apenas a economia local, mas outros mercados na Europa e até nos EUA. Segundo o HSBC, 77% dos entrevistados admitiram que as ofertas de emprego caíram na região, e o custo de vida aumentou. Mesmo assim, 81% dos estrangeiros afirmaram que não desejam voltar a seu país de origem.
São Paulo - Não é à toa que Singapura é o quinto melhor país para imigrantes segundo o HSBC. Em outros países do mundo, em média, apenas 20% dos imigrantes ganham acima de 200 mil dólares por ano. Mas no país asiático, essa quantidade chega a 45%. Além de ganharem mais, os estrangeiros em Singapura conseguem guardar maior parcela de seus salários: 92% dos imigrantes dizem que pagam menos impostos do que nos países de onde vieram. A satisfação dos entrevistados com a economia do país também é grande. A maioria (61%) afirma que a situação melhorou em 2009, enquanto grande parte do mundo sofria as consequências da crise. E apenas 15% dos imigrantes se mostram preocupados com cortes em empresas ou redução na oferta de vagas.
São Paulo - Não são apenas as belas praias que atraem expatriados às ilhas Bermudas. Elas são destino certo também para profissionais do mercado financeiro. Segundo o estudo do HSBC, no sexto melhor país para imigrantes, 77% dos estrangeiros trabalham no setor. Além disso, 96% dos imigrantes dizem que conseguem melhor renda no arquipélago do que em seu país de origem. Ainda de acordo com o HSBC, 27% dos estrangeiros nas Bermudas ganha mais de 250 mil dólares por ano. Mas, se eles ganham mais, por outro lado, gastam mais também. O estudo mostra que 83% dos entrevistados acham o custo de vida maior do que nos locais onde moravam antes.
São Paulo - Segundo o estudo do HSBC, 87% dos entrevistados que migraram para o Qatar (sétimo colocado do ranking) foram motivados pela busca de novos rumos profissionais. No país, 92% dos estrangeiros dizem ter mais renda disponível do que nos países de onde vieram. Os estrangeiros do país admitem que a situação econômica piorou no último ano. Mesmo assim, as boas oportunidades de carreira e os salários elevados fazem 94% admitir que não consideram voltar ao país de origem.
São Paulo - Em oitavo lugar no ranking do HSBC aparecem as ilhas Filipinas. O local atrai, sobretudo, imigrantes interessados em melhores salários e maiores oportunidades de poupar dinheiro, prática favorecida pelos impostos baixos.
São Paulo - Embora Hong Kong seja território chinês, o estudo do HSBC o compara com outros países. A pesquisa mostra que, para 75% dos expatriados vivendo lá afirmam ganhar mais dinheiro do que quando estavam em seus locais de origem. O local aparece na nona posição no ranking da pesquisa. O objetivo de melhorar o salário combina com o perfil etário de quem decide migrar para o território asiático: 61% dos entrevistados que se mudaram para lá têm entre 35 e 54 anos. Quase 50% dos estrangeiros são do Reino Unido e 61% vão até Hong Kong para trabalhar no setor financeiro.
São Paulo - A maioria dos imigrantes (61%) que decidem ir para a China, décimo país do ranking do HSBC, diz que a confiança no crescimento econômico do país foi o fator que mais pesou em sua decisão. Na economia que cresce a impressionantes taxas de mais de 10% ao ano, muitas são as oportunidades de carreira, e os salários são tentadores. Quem procura a China para viver, geralmente trabalha no setor de bancos de investimentos - segundo a pesquisa do HSBC, esta parcela de estrangeiros corresponde a 36% do total. Outro setor popular é o de educação, que atrai 10% dos imigrantes. Além das boas opo0rtunidades de trabalho, o custo de vida é outro atrativo para os estrangeiros. Dois terços dos entrevistados da pesquisa dizem que os produtos do dia-a-dia são mais baratos na China do que no país de origem.