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OCDE pede que China flexibilize câmbio e use juros

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu à China que aumente a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan e confie mais nas taxas de juros como ferramenta de política monetária ao longo do tempo. Embora a OCDE esteja prevendo uma inflação de preços ao consumidor para a China em 2010 […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu à China que aumente a flexibilidade da taxa de câmbio do yuan e confie mais nas taxas de juros como ferramenta de política monetária ao longo do tempo. Embora a OCDE esteja prevendo uma inflação de preços ao consumidor para a China em 2010 e 2011 mais alta do que antes, o grupo disse que a ampla capacidade ociosa evitará que a economia se aqueça excessivamente e pediu a Pequim que aumente o gasto com serviços sociais, como educação e cuidados com a saúde. Uma volta a superávits fiscais pode fazer com que os superávits na conta corrente, que são uma forma de desequilíbrio externo, aumentem novamente.

A OCDE projeta que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China apresentará alta de 1,8% este ano, mais do que a previsão anterior, de aumento de 0,1%, e 2% em 2011, do 1% estimado antes. No ano passado, o CPI chinês teve alta de 0,7%. O economista Richard Herd, da OCDE, disse que a China pode elevar suas taxas de juros em algum momento deste ano, dado que as pressões inflacionárias estão começando a se acelerar e que o investimento está forte. Enquanto isso, Pequim pode estar inclinada a esperar para que a inflação se torne um problema antes de deixar que o yuan se fortaleça, disse a OCDE.

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Herd disse que a China deveria usar o mercado interbancário como um canal para influenciar as taxas de juros, e deixar que os bancos estabeleçam as taxas de crédito e depósito, embora a incerteza sobre a extensão do impacto dos juros sobre a demanda possa se mostrar um obstáculo para que se deixem de lado as ferramentas quantitativas. O banco central chinês "precisa ser capaz de mover as taxas de juros de curto prazo numa faixa mais ampla para ampliar o papel da política monetária na proteção da economia de choques de demanda e externos", disse a OCDE em sua segunda pesquisa econômica sobre a China.

Segundo a OCDE, o BC chinês gerenciaria melhor a economia se ajustasse as taxas de juros de modo que as empresas respondessem a isso alterando suas decisões de investimento. Ao tentar, em vez disso, administrar a quantidade de fundos, o BC pode fazer com que os bancos prefiram emprestar para empresas estatais do que para as privadas, mais produtivas. "Talvez o maior custo do regime de câmbio chinês são os limites que ele impõe à capacidade do BC de orientar a política monetária para os objetivos domésticos", disse a OCDE.

A OCDE recomendou que Pequim ligue o yuan a uma cesta de moedas, abra os fluxos de capital e permita algum investimento estrangeiro nos mercados de bônus locais. O grupo também sugere a adoção de uma meta flexível para a inflação e que o BC tenha independência operacional, o que lhe daria mais credibilidade.

Com informações da Dow Jones

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