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Obama pedirá US$3,7 bi para enfrentar imigração infantil

O presidente americano pediu a quantia para fazer frente à crise humanitária gerada pela chegada em massa de crianças à fronteira do país

Barack Obama: "peço ao Congresso para atuar rapidamente para considerar este importante pedido" (©afp.com / Jewel Samad)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 14h28.

Washington - O presidente americano, Barack Obama , pediu nesta terça-feira ao Congresso US$3,7 bilhões a mais para fazer frente à crise humanitária gerada pela chegada em massa de crianças centro-americanos e adultos à fronteira Sul do país, informou a Casa Branca.

Se forem autorizados, os fundos serão destinados a ampliar os recursos nos centros onde os menores estão detidos, enviar mais juízes de imigração à fronteira e aumentar os esforços de segurança no México e América Central .

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"Peço ao Congresso para atuar rapidamente para considerar este importante pedido", disse Obama em carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner.

Os fundos incluem US$1,5 bilhão para o Departamento de Segurança Nacional; US$1,8 bilhão para o de Saúde e Serviços Humanos; US$300 milhões para o Departamento de Estado e US$64 milhões para o da Justiça.

O primeiro US$1,5 bilhão inclui US$1,1 bilhão para a Agência de Imigração e Alfândegas (ICE) e será dedicado a acelerar a deportação dos adultos que em alguns casos acompanham às crianças imigrantes, gerar "alternativas à detenção" dos menores e aumentar a presença de agentes de controle da fronteira na Guatemala, El Salvador e Honduras.

Os US$433 milhões restantes irão à Agência de Proteção de Fronteiras e Alfândegas (CBP), entre eles mais de US$39 milhões dedicados a aumentar a capacidade de vigilância aérea na fronteira para interceptar os "coiotes" que traficam as crianças.

Já o US$1,8 bilhão para o Departamento de Saúde, que é o encarregado de manter os menores em centros de detenção, serão destinados a aumentar os recursos e as instalações para acolher às crianças.

Os fundos para o Departamento de Estado incluem US$5 milhões para as campanhas de publicidade contra a emigração aos Estados Unidos em Honduras, El Salvador e Guatemala, e US$295 milhões para "reintegrar" os emigrantes deportados na América Central, incluindo fundos para ajudar a esses países a proteger melhor suas fronteiras.

Por último, o Departamento de Justiça receberia US$64 milhões para contratar cerca de 40 equipes a mais de juízes de imigração e aumentar os serviços de representação legal para as crianças, entre outras tarefas.

A solicitação é enviada em forma de proposta de legislação de despesa suplementar de emergência para o ano fiscal 2014. A Casa Branca confia em obter um apoio "bipartidário" para sua aprovação, segundo assinalou outro funcionário americano aos jornalistas.

Michael Steel, um porta-voz de John Boehner, disse que o Comitê de Despesas desse plenário e o grupo de trabalho sobre a crise na fronteira "revisarão a proposta da Casa Branca".

"O presidente da Câmara baixa (deputado) ainda apoia desdobrar à Guarda Nacional para proporcionar apoio humanitário nas áreas afetadas, algo que esta proposta não inclui", disse Steel aos jornalistas.

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