O que o FMI espera do PIB de 20 lugares para daqui a 5 anos
“Perigos antigos permanecem e novos riscos vieram à tona”, afirma fundo sobre recuperação da economia em 2013 em seu relatório World Economic Outlook
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h38.
São Paulo – O FMI projeta que a economia mundial vai crescer 4,5% em 2018. Nada mal, considerando que a projeção para 2013 é de crescimento de 3,3%. As informações são do relatório World Economic Outlook (Perspectiva sobre a economia mundial), divulgado pelo Fundo na última semana. A maior parte das projeções de crescimento para 2013 e 2014 caiu em relação a publicação anterior, divulgada em janeiro. Nas economias avançadas, a expectativa para 2013 é de gradual aceleração na atividade, seguindo um começo fraco, com os Estados Unidos no comando. Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, a atividade já ganhou velocidade, segundo o FMI. O fundo alerta “Perigos antigos permanecem e novos riscos vieram à tona”. Veja as projeções do fundo para o crescimetno das principais economias em 2013, 2014 e 2018.
O fundo projeta que a economia norte-americana vai crescer 2,9% em 2018. Para os próximos anos, a expectativa é de aumento de 1,9% em 2013 e 3,0% em 2014. Ambas projeções caíram em relação as projeções do relatório anterior. As quedas foram de 0,2 ponto percentual e 0,1 ponto percentual, respectivamente. Em 2012, a economia norte-americana cresceu 2,2%.
Após cair 0,6% em 2012, a economia da Zona do Euro deve seguir caindo (0,3%) em 2013, segundo projeção do FMI. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 1,1%. A projeção para 2013 caiu 0,2 p.p. em relação à projeção anterior. Para 2018, a projeção de crescimento é de 1,6%.
A Alemanha, que ainda se mantém com crescimento positivo (0,9% em 2012) deve crescer 0,6% em 2013, 1,5% em 2014 e 1,2% em 2018. A projeção de 2013 subiu 0,1 p.p. em relação à expectativa anterior.
A projeção para a França é de queda de 0,1% no PIB real em 2013 e elevação de 0,9% em 2014 - após se manter em zero em 2012. A expectativa para 2018 é de crescimento de 1,9%. A projeção para 2013 caiu 0,4p.p. em relação a anterior.
Um dos países que mais vivencia a crise (seu PIB real caiu 2,4% em 2012) continuará vendo seu PIB cair em 2013 (queda de 1,5%) para depois crescer 0,5% em 2014 e 1,2% em 2018, segundo as projeções do FMI. A revisão das expectativas tirou mais 0,4 p.p. da projeção para 2012.
Outro país símbolo da crise na Zona do Euro, a Espanha viu seu PIB realcair 1,4% em 2012. As projeções para 2013 e 2014 cairam 0,1p.p. em relação ao relatório anterior. A projeção para o PIB real em 2013 é de queda de 1,6%. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 0,7% - e de 1,6% em 2018.
As expectativas para o Japão também mudaram em relação ao relatório anterior – mas ao contrário do que ocorreu com as da Itália e da Espanha, elas subiram. A projeção de crescimento em 2013 subiu 0,4 pp, passando para 1,6%. Para 2014, a projeção é 0,7pp maior, de elevação de 1,4%. A projeção para crescimento em 2018 é de 1,1%.
O Reino Unido cresceu 0,2% em 2012 e as projeções apontam para crescimento de 0,7% em 2013 e 1,5% em 2014 – e os números estão 0,3p.p. inferiores às projeções da pesquisa anterior. Para 2018, a projeção do FMI é de crescimento de 2,5%.
O Canadá cresceu 1,8% em 2012 e o FMI projeta que irá crescer 1,5% em 2013 (queda de 0,3p.p. em relação a expectativa anterior), 2,4% em 2014 (aumento de 0,1p.p.) e 2,2% em 2018.
A expectativa do FMI é que o PIB real da Rússia cresça 3,6% em 2018. Na Rússia, a projeção para 2013 repete o crescimento obtido em 2012: 3,4% (a revisão diminuiu a projeção em 0,3p.p.). Para 2014, a projeção é de crescimento de 3,8%.
A China segue crescendo muito, de acordo com as projeções, mas não vai bater os 9,3% registrados em 2011. O país cresceu 7,8% em 2012 e as projeções apontam para 8,0% em 2013 e 8,2% em 2014. E elas foram revisadas, diminuindo 0,1 p.p. e 0,3 p.p. respectivamente em relação a anterior. A projeção de crescimento para 2018 é de 8,5%.
A Índia cresceu 4,0% em 2012. Apesar de suas projeções de crescimento terem caído (-0,2 p.p.) e 2014 (-0,1p.p.), as projeções se destacam em meio a tantas expectativas baixas de crescimento: 5,7% em 2013, 6,2% em 2014 e 7,0% em 2018.
As projeções de crescimento do PIB real do Brasil novamente estão no 3,0% que o país esperava obter em 2012 – mas acabou registrando 0,9%. A expectativa do FMI é de crescimento de 3,0% em 2013, de 4,0% em 2014 e de 4,2% em 2018. Elas foram revisadas, com queda de 0,5p.p. da projeção para 2013 em relação à expectativa do relatório anterior e elevação de 0,1p.p. para 2014.
O México cresceu 3,9% em 2012. A projeção para 2013 é a mesma para 2014: crescimento de 3,4%. Para 2018, a expectativa está em 3,3%. A revisão para as duas projeções em relação ao relatório anterior também foi a mesma: queda de 0,1ppp.
O FMI projeta um crescimento de 3,1% na África do Sul em 2018. O país cresceu 2,5% em 2012. Para 2013 a projeção é de 2,8% e, 2014, aumento de 3,3%. Em relação ao relatório de janeiro, a mudança foi uma queda de 0,8p.p. na projeção de 2014.
Na América Latina e Caribe, o crescimento foi de 3,0% em 2012 e a projeção é de 3,4% em 2013 e 3,9% em 2014 e em 2018. A projeção para crescimento em 2013 caiu 0,3p.p. em relação ao relatório anterior.
O FMI projeta um crescimento de 3,8% do PIB real da Europa Central e do Leste Europeu. A região cresceu 1,6% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 2,2% (queda de 0,3p.p. em relação a projeção do relatório anterior) e de 2,8% em 2014 (queda de 0,4p.p.).
Para 2018, a projeção do FMI para o crescimento dessa região é de 3,5%. A região cresceu 4,7% em 2012 e as projeções para 2013 e 2014 são de crescimento de 3,1% e 3,7%, respectivamente. Em relação ao relatório anterior, ocorreu queda de 0,3p.p. e 0,1 p. p.
A região cresceu 4,8% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 5,6%, seguido por 6,1% em 2014 e 5,5% em 2018. Em relação ao relatório anterior, a projeção para 2013 caiu 0,2pp. Na projeção para 2013 ocorreu uma alta de 0,4p.p.
O FMI projeta um crescimento de 7,7% do PIB real da região em 2018. A região cresceu 6,6% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 7,1% e de 7,3% em 2014 (queda de 0,1p.p. em relação a projeção do relatório anterior).