Novo critica Zema por reajuste a PMs: "Situação fiscal não permite"
O aumento para servidores do setor de segurança foi enviado à Casa num projeto do próprio governador
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 14h18.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 14h41.
O partido Novo, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema , emitiu uma nota em que se posiciona contra o reajuste de 41,47% nos vencimentos de bombeiros e policiais militares do Estado. Com Minas Gerais apresentando um dos piores cenários financeiros do País, a Assembleia Legislativa aprovou na quarta-feira, 19, o aumento também para o funcionalismo do Poder Executivo, da própria Assembleia, do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O aumento para servidores do setor de segurança foi enviado à Casa num projeto do próprio governador.
"O Novo admira e apoia o excelente trabalho feito pelo governador Romeu Zema, mas discorda de sua decisão de conceder aumento salarial aos servidores da área de segurança", diz o partido em nota. "O partido entende o direito dos servidores de pleitearem reajustes, mas a situação fiscal atual de Minas, que herdou uma condição de calamidade financeira, não permite qualquer gasto adicional", destaca a sigla em nota.
O aumento salarial de várias categorias deverá ter impacto de mais de R$ 20 bilhões para os cofres do governo mineiro.
O Novo defende o veto de Zema a todos os reajustes. "Atuar com coerência, sempre em linha com nossos princípios e valores, é o nosso maior compromisso com o cidadão brasileiro e fundamental para consolidarmos o Novo como uma instituição diferenciada na política e os mineiros voltarem a ter o estado que merecem."
O governo de Minas Gerais disse, por meio de nota, reafirmar "o compromisso com o texto original do projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa", e que "o impacto financeiro já havia sido avaliado", além de que "o encaminhamento do projeto está em conformidade com o atual entendimento do Tribunal de Contas sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal".