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Novo auxílio elevará PIB do Brasil para 3,8%, estima Oxford Economics

Segunda rodada de auxílio terá um impacto fiscal que provavelmente aumentará os rendimentos dos títulos de dez anos do Brasil em 25 pontos-base, mantendo-os acima de 9%

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 10 de março de 2021 às 13h35.

Última atualização em 10 de março de 2021 às 13h58.

A segunda rodada de auxílio emergencial deve impulsionar o crescimento do PIB do Brasil em 0,2 ponto percentual, para 3,8% neste ano, escreve Marcos Casarin, economista-chefe para a América Latina da Oxford Economics, em nota. A empresa estima que as famílias gastarão metade dos 44 bilhões de reais em estímulos durante 2021 — e o restante será economizado ou usado para dívida —, aumentando o consumo em 0,4% no primeiro trimestre e 0,8% no segundo trimestre.

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Casarin estima que a segunda rodada de auxílio terá um impacto fiscal que provavelmente aumentará os rendimentos dos títulos de dez anos do Brasil em 25 pontos-base, mantendo-os acima de 9%. O economista ainda  aumentou a previsão de rendimento dos títulos em um total de 75 pontos-base para levar em conta deterioração fiscal adicional, aumento nos rendimentos dos Estados Unidos, risco institucional após mudanças na liderança da Petrobras, ruído político sobre potencial volta de Lula e inflação mais alta.

Para a Oxford Economics, o Copom deve iniciar o ciclo de aumento da taxa Selic já na próxima reunião, que está marcada para a próxima terça, 16. Antes, a empresa estimava que esse movimento teria início apenas em maio.

Embora pensemos que mais apoio fiscal ajudará a economia a se recuperar mais rapidamente, não estamos convencidos sobre sua compensação em termos de yields mais elevados e um aperto da política monetária. O Brasil estava experimentando a recuperação mais rápida da América Latina e ainda contava com uma substancial poupança acumulada, então nenhuma evidência, além de um declínio na popularidade do presidente, sugeria que mais ajuda era realmente essencial. Relaxar a regra fiscal novamente para um pequeno ganho do PIB no curto prazo ao custo de custos de empréstimos mais elevados no longo prazo não parece uma troca justa para nós.

Marcos Casarin, economista-chefe para a América Latina da Oxford Economics, em nota

 

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