Membro do concelho executivo do Banco Central Europeu Peter Praet: ele afirmou que uma saída da Itália da zona do euro causaria estragos na economia (Eric Vidal/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 05h42.
Roma - A Itália "deve aprender com a história" e abandonar as conversas em relação a uma possível saída da união monetária da Europa, disse o economista-chefe do Banco Central Europeu, Peter Praet, em entrevista ao jornal Turim La Stampa.
"O euro é irreversível. Aqueles que sonham com o mundo antes do euro tendem a esquecer como ele realmente era", afirmou Praet.
De acordo com pesquisas recentes, movimentos políticos que exploram a retórica contrária ao euro poderiam ganhar o apoio de até metade dos eleitores italianos.
O Movimento 5 Estrelas, um novo partido político que ganhou um quarto dos votos nas eleições gerais de fevereiro, pediu um referendo sobre a manutenção do euro.
"A economia parou de contrair no terceiro trimestre depois de uma recessão de dois anos e há sinais de esperança, embora existam riscos descendentes, especialmente se as reformas forem abandonadas", comentou Praet.
"O BCE está pronto para agir se os fluxos de crédito na zona do euro apertarem e colocarem a recuperação em perigo", completou.
Além disso, Praet disse que a reação política da Itália para os últimos anos de turbulência econômica tem sido principalmente aumentar os impostos em vez de liberalizar as leis trabalhistas.
O economista-chefe do BCE ainda afirmou que uma saída da Itália da zona do euro causaria estragos na economia e grandes quantidades de disputas legais sobre dívidas existentes. Fonte: Dow Jones Newswires.