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Nomeação de Levy é sinal positivo de mudança, diz S&P

Nomeação do próximo ministro da Fazenda enviou mensagem de mudança positiva na política econômica do governo, segundo analista sênior da Standard & Poor's

Joaquim Levy: Levy tem pedido mais disciplina fiscal e metas plausíveis de redução de dívida (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 16h56.

Brasília - A nomeação de Joaquim Levy como o próximo ministro da Fazenda do Brasil enviou uma mensagem mais forte do que o esperado de mudança positiva da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff , disse à Reuters a analista sênior da Standard & Poor's Lisa Schineller nesta quinta-feira.

Após sua apertada reeleição em outubro, Dilma prometeu conter os gastos públicos para reconquistar a confiança dos investidores após anos de política econômica errática e intervencionista.

Levy, escolha de Dilma para encabeçar a equipe econômica, tem pedido mais disciplina fiscal e metas plausíveis de redução de dívida, que são passos positivos para reverter a deterioração da outrora pujante economia brasileira, disse Lisa.

Contudo, as decisões futuras sobre a classificação de crédito do Brasil dependerão da execução e da consistência do ajuste fiscal em um momento em que o crescimento desacelera, advertiu ela.

"A sinalização de (mudança) na política econômica com essa equipe econômica é de certa forma mais do que havíamos esperado", acrescentou Lisa, que é a principal analista da S&P para o Brasil.

"A sinalização do novo ministro é de mudanças na política econômica, mas novamente a execução no nosso ponto de vista será um componente muito importante, dado o ambiente econômico desafiador", emendou.

O crescimento econômico enfraquecido e os crescentes gastos do governo haviam levado a S&P a cortar o rating do Brasil mais perto do território "junk" em março.

São Paulo - Joaquim Levy, o "mãos de tesoura", terá muitas missões à frente do Ministério da Fazenda , onde foi confirmado hoje pelo Planalto. Entre elas estão equilibrar as contas públicas, recuperar a credibilidade do governo, segurar a inflação e retomar o crescimento. Sua trajetória inclui passagens pelo setor público - como secretário do Tesouro de Lula entre 2003 e 2006 e das Finanças do Rio de Janeiro entre 2007 e 2010 - e pelo setor privado - como diretor do Bradesco , cargo que está deixando. Até poucos meses atrás, Levy tecia críticas ao governo do qual vai participar. Veja 13 frases que revelam mais do seu pensamento, alinhado com a tradição liberal, e faça o teste com Armínio Fraga para identificar quem falou o que:
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