EUA e China concluem negociações "construtivas", mas não anunciam acordo
Estados Unidos e China retomaram as negociações na tentativa de encerrar uma disputa comercial entre os países
EFE
Publicado em 10 de maio de 2019 às 13h32.
Última atualização em 10 de maio de 2019 às 16h29.
Washington - Estados Unidos e China concluíram nesta sexta-feira uma rodada de conversas comerciais que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, classificou como "construtivas", mas não conseguiram um acordo depois que entraram em vigor as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump a várias importações chinesas.
"Houve discussões construtivas de ambas as partes", disse Mnuchin após se despedir do chefe negociador chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He, na capital americana.
Por sua vez, Liu comentou que o diálogo foi "bom" e que continuará em algum momento no futuro.
À meia-noite de ontem começou a vigorar o aumento das tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas, depois que Trump reprovou o fato de China ter tentado renegociar o acordo "no último minuto".
Até agora, esses produtos chineses estavam submetidos a um encargo de 10%. Com a mudança, quase metade das importações chinesas passaram a estar tarifadas em 25%, o que já afetava desde o ano passado outros US$ 50 bilhões em bens do gigante asiático.
"As tarifas fortalecerão muito nosso país, em vez de enfraquecê-lo" ressaltou Trump em mensagem no Twitter de manhã.
Já a China, em comunicado do Ministério de Comércio, lamentou "profundamente" a decisão dos Estados Unidos e anunciou que terá que adotar "as contramedidas necessárias", que não detalhou, embora também tenha manifestado disposição em continuar negociando com Washington.