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"Não queremos uma América do Sul bolivariana", diz Bolsonaro, em Davos

"Mais partidos de centro-direita têm sido eleitos na América do Sul. Isso é sinal de que a esquerda não prevalecerá na região", disse o presidente

O presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Arnd Wiegmann/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 14h18.

São Paulo - O presidente da República, Jair Bolsonaro , afirmou durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que o Mercosul precisa ser aperfeiçoado. Ele destacou que o Brasil está preocupado em fazer a América do Sul "grande", mas sem viés de esquerda.

Em uma curta sessão de perguntas e respostas protagonizada por Bolsonaro e o presidente do Fórum, Klaus Martin Schwab, o brasileiro destacou que vários políticos alinhados à centro-direita foram eleitos na América do Sul.

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E disse que esse é um sinal de que não há espaço para a esquerda na região.

"Estamos preocupados em fazer a América do Sul grande, com cada país mantendo sua soberania. Não queremos uma América do Sul bolivariana", disse Bolsonaro. "Mais partidos de centro-direita têm sido eleitos na América do Sul. Isso é sinal de que a esquerda não prevalecerá na região."

Parceria

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao público presente no Fórum Econômico Mundial que o governo dele busca apoio para aumentar o bem-estar no Brasil. "Queremos fazer parcerias com os senhores para bem-estar da nossa população, queremos tirar viés ideológico dos nossos negócios e tirar o peso do Estado de cima de quem produz", destacou.

A declaração foi dada em uma curta sessão de perguntas e respostas com Klaus Martin Schwab. Instantes antes, em discurso, ele ressaltou o compromisso com a privatização e o equilíbrio das contas públicas.

Moro

O presidente da República afirmou que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi incumbido de criar mecanismos para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro no Brasil. "Moro tem todos os meios para combater a corrupção e o crime organizado", afirmou o presidente, durante a curta sessão de perguntas e respostas com o presidente do Fórum Econômico Mundial.

Bolsonaro repetiu o que disse durante o processo de transição, na posse e no próprio discurso que havia feito minutos antes, em relação à formação de gabinete dele. "Nossos ministros foram indicados de forma técnica e não político-partidária", afirmou.

Ele afirmou também que a eleição dele representou "um ponto de inflexão ao povo brasileiro". "Estamos aqui porque queremos fazer parcerias com os senhores para bem-estar da nossa população", disse.

Controle de CO2

Bolsonaro defendeu novamente, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, que a preservação do meio ambiente deve estar casada com o desenvolvimento econômico. Após ter dado declarações controversas sobre a permanência do País no Acordo de Paris, o presidente disse que pretende estar "sintonizado com o mundo na busca da diminuição de Co2 e na preservação do meio ambiente".

Na curta sessão de perguntas e respostas protagonizada pelo presidente Klaus Martin Schwab, Bolsonaro disse que a agricultura ocupa menos de 9% do território nacional e a pecuária, 20%. Por outro lado, 30% do território é composto por florestas. "Então, damos exemplo para o mundo. (mas) O que pudermos aperfeiçoar, o faremos", comentou.

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