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Não haverá decisão final sobre Grécia na próxima semana

Ministros das Finanças da zona do euro, que compõe o Eurogroup, devem se encontrar na segunda-feira em Bruxelas

Grafite anti-austeridade em Atenas: a chave para um acordo final é uma análise sobre como fazer a dívida da Grécia  (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 21h11.

Bruxelas - Os ministros das Finanças da zona do euro não devem liberar uma nova parcela de empréstimo para a Grécia na segunda-feira, uma vez que não há acordo ainda sobre tornar sua dívida sustentável, mas Atenas deve conseguir mais dois anos para reduzir a dívida, disseram autoridades.

Ministros das Finanças da zona do euro, que compõe o Eurogroup, devem se encontrar na segunda-feira em Bruxelas, onde o principal ponto discutido será o descongelamento do empréstimo para a Grécia, postergado após Atenas sair do caminho de reformas e consolidação fiscal prometidos.

Mesmo apesar da Grécia ter aprovado um pacote de reformas estruturais na quarta-feira e se preparando para votar orçamento de austeridade para 2013 no domingo, os ministros não estão em posição de tomar uma decisão final.

"Há uma muito, muito alta... probabilidade de uma segunda rodada de discussões para finalizar tudo,", disse uma importante autoridade da União Europeia.

Os ministros irão analisar todas os compromissos de reformas que a Grécia fará via votos de parlamentares para julgar se o programa de austeridade em troca dos empréstimos está de volta nos trilhos.


A chave para um acordo final é uma análise sobre como fazer a dívida da Grécia --que deve atingir quase 190 por cento do PIB no próximo ano-- ficar sustentável de novo, depois que o país começou a crise da dívida da zona do euro em 2010.

Os credores internacionais --o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), chamados de troika-- não podem ainda concordar sobre a maneira de fazer isso.

Estimativas sobre o nível da dívida até 2020 diferem de 10 a 20 pontos percentuais, autoridades disseram à Reuters.

Mesmo que as análises fiquem prontas até segunda-feira, ainda podem ter que ser enviadas para parlamentos nacionais, entre eles o da Alemanha, o que dará a aprovação para os seus governos liberarem o desembolso da próxima parcela de 31,5 bilhões de euros para a Grécia --dinheiro que precisa desesperadamente para pagar empréstimos e fortalecer seus bancos.

Mais dois anos - Uma coisa sobre a qual os credores concordam agora é que a Grécia, que verá o seu sexto ano de recessão profunda em 2013, precisa de pelo menos dois anos a mais para atingir superávit primário, que colocaria a sua dívida em um caminho de queda.

O tempo extra irá permitir que a economia comece a crescer de novo, caso contrário, não irá nunca produzir o suficiente para o país pagar a sua dívida.

A meta de superávit foi estabelecida em março aos 4,5 por cento do PIB em 2014 e enquanto não há uma decisão final, autoridades dizem que pode ser transferida para 2016 devido a atrasos com reformas e uma recessão mais profunda do que o esperado.

"A troika tem produzido todos os seus relatórios e análises fiscais e caminhos de ajuste para chegar a dois anos adicionais para atingir um superávit primário de 4,5 por cento do PIB", disse a autoridade.

O tempo extra significaria que a zona do euro teria que fornecer um financiamento adicional para a Grécia, que autoridades tem estimado em 30 bilhões de euros. Isso é politicamente difícil na Alemanha, Holanda e Finlândia, onde a opinião pública está cansada de resgates.

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Bruxelas - Os ministros das Finanças da zona do euro não devem liberar uma nova parcela de empréstimo para a Grécia na segunda-feira, uma vez que não há acordo ainda sobre tornar sua dívida sustentável, mas Atenas deve conseguir mais dois anos para reduzir a dívida, disseram autoridades.

Ministros das Finanças da zona do euro, que compõe o Eurogroup, devem se encontrar na segunda-feira em Bruxelas, onde o principal ponto discutido será o descongelamento do empréstimo para a Grécia, postergado após Atenas sair do caminho de reformas e consolidação fiscal prometidos.

Mesmo apesar da Grécia ter aprovado um pacote de reformas estruturais na quarta-feira e se preparando para votar orçamento de austeridade para 2013 no domingo, os ministros não estão em posição de tomar uma decisão final.

"Há uma muito, muito alta... probabilidade de uma segunda rodada de discussões para finalizar tudo,", disse uma importante autoridade da União Europeia.

Os ministros irão analisar todas os compromissos de reformas que a Grécia fará via votos de parlamentares para julgar se o programa de austeridade em troca dos empréstimos está de volta nos trilhos.


A chave para um acordo final é uma análise sobre como fazer a dívida da Grécia --que deve atingir quase 190 por cento do PIB no próximo ano-- ficar sustentável de novo, depois que o país começou a crise da dívida da zona do euro em 2010.

Os credores internacionais --o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), chamados de troika-- não podem ainda concordar sobre a maneira de fazer isso.

Estimativas sobre o nível da dívida até 2020 diferem de 10 a 20 pontos percentuais, autoridades disseram à Reuters.

Mesmo que as análises fiquem prontas até segunda-feira, ainda podem ter que ser enviadas para parlamentos nacionais, entre eles o da Alemanha, o que dará a aprovação para os seus governos liberarem o desembolso da próxima parcela de 31,5 bilhões de euros para a Grécia --dinheiro que precisa desesperadamente para pagar empréstimos e fortalecer seus bancos.

Mais dois anos - Uma coisa sobre a qual os credores concordam agora é que a Grécia, que verá o seu sexto ano de recessão profunda em 2013, precisa de pelo menos dois anos a mais para atingir superávit primário, que colocaria a sua dívida em um caminho de queda.

O tempo extra irá permitir que a economia comece a crescer de novo, caso contrário, não irá nunca produzir o suficiente para o país pagar a sua dívida.

A meta de superávit foi estabelecida em março aos 4,5 por cento do PIB em 2014 e enquanto não há uma decisão final, autoridades dizem que pode ser transferida para 2016 devido a atrasos com reformas e uma recessão mais profunda do que o esperado.

"A troika tem produzido todos os seus relatórios e análises fiscais e caminhos de ajuste para chegar a dois anos adicionais para atingir um superávit primário de 4,5 por cento do PIB", disse a autoridade.

O tempo extra significaria que a zona do euro teria que fornecer um financiamento adicional para a Grécia, que autoridades tem estimado em 30 bilhões de euros. Isso é politicamente difícil na Alemanha, Holanda e Finlândia, onde a opinião pública está cansada de resgates.

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