A economia mundial deve crescer 3% este ano, com os países em desenvolvimento desempenhando um papel fundamental. Se, por um lado, os Estados Unidos continuam como o motor principal da atividade econômica, países como China e Índia merecem atenção especial: em termos de porcentagem, é nesses países que o crescimento será mais intenso.

Com os Estados Unidos apresentando baixos índices de crescimento e uma Europa à beira da recessão, resta aos países emergentes a função de impulsionar a economia. Os dados fazem parte do relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta terça-feira (24/1), que traz as principais projeções sobre os mercados de seus países-membros.

Na média, a economia dos países em desenvolvimento deve crescer 5,6% em 2006, enquanto as chamadas economias em transição (ex-comunistas) terão uma expansão um pouco maior, de 5,9%. Se as previsões forem cumpridas, este será outro ano em que o Brasil crescerá menos que os demais emergentes. O último relatório do Banco Central, por exemplo, mostra que, na média, as instituições financeiras projetam um incremento de 3,5% para o PIB em 2006.

O comércio internacional promete continuar como o grande impulsionador de todas os mercados, e é principalmente nesse quesito que China e Índia se destacam. Segundo o relatório, o volume comercializado entre os países equivale ao dobro da produção mundial. O preço do petróleo é apontado como o principal obstáculo à expansão do comércio em 2006.