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Consumo de alimentos no Brasil deve crescer 8% este ano

Anos eleitorais costumam aumentar as compras governamentais de alimentos, diz estudo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

Depois de um 2005 de resultados medianos, o ano de 2006 promete ser bem melhor para o setor alimentício brasileiro. No cenário internacional a demanda continua, puxando o crescimento. Mas o consumo doméstico também tem motivos para crescer. O motivo? As eleições. Nada como uma campanha presidencial para aumentar as encomendas de produtos alimentícios. A análise faz parte de uma série de projeções para econômicas divulgadas pela Fator Corretora.

"O histórico desse setor tem mostrado um ótimo desempenho em anos eleitorais, pois durante as campanhas os governos costumam adotar medidas que levam ao aumento do consumo de alimentos", explica Márcio Kawassaki, responsável pela pesquisa.

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Um possível aumento do salário mínimo, além da intensificação dos programas do governo federal contra a fome ambos esperados para este ano são alguns dos fatores que devem gerar uma expansão do setor alimentício em 2006. Kawassaki prevê um crescimento de 8% no volume de alimentos consumido no mercado doméstico.

As aquisições de pequenas empresas, um marco do ano de 2005, devem continuar em 2006. Em um mercado dominado por gigantes como Sadia, Perdigão e Cargill, os produtores de médio e pequeno porte dificilmente conseguem manter sua rentabilidade. Em 2005, a Sadia comprou a SóFrango, do Distrito Federal, enquanto a Perdigão adquiriu duas empresas: a Novo Mutum e a Vitor Priori.

Vendas externas

Se as expectativas de consumo interno são boas, as projeções internacionais são ainda melhores. A Fator trabalha com uma previsão de 15% no aumento das exportações, apesar da febre aftosa. "Acredito que o problema já esteja controlado. Além disso, o dólar deve subir um pouco, impulsionando as vendas externas", diz Kawassaki.

A evolução da gripe aviária também tem um impacto direto nas vendas brasileiras. A ampliação do problema na Ásia pode ajudar as empresas nacionais, desde que nenhum caso seja identificado no país. A estimativa é de que a produção de aves no Brasil continue em patamares elevados, com 9,5 milhões de toneladas esperados para 2006. O principal destino das aves brasileiras é a região do Oriente Médio, que em 2005 respondeu por 30% das exportações.

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