EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou 2005 com alta acumulada de 4,53%. Trata-se do menor resultado desde 2000, quando o indicador ficou em 4,38%. No ano retrasado, o IPC foi de 6,58%. A taxa ficou dentro do esperado pelos economistas. Segundo o último relatório de mercado do Banco Central, as instituições consultadas projetavam uma alta de 4,54%.Medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o índice refere-se à variação de preços na cidade de São Paulo, para famílias com renda entre um e vinte salários mínimos.
"O IPC surpreendeu positivamente. No início de 2005, não se projetava uma inflação tão baixa", afirma Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. No primeiro relatório de mercado do BC do ano passado, os bancos estimavam um IPC de 5,33%. A virada, segundo Rosa, ocorreu sobretudo no segundo semestre, quando o recuo dos preços agrícolas atenuou os aumentos na categoria alimentação e contrabalançou o forte reajuste dos transportes.
No acumulado do ano, os alimentos ficaram 0,48% mais caros. Já as despesas com transporte subiram 13,10%. Para Rosa, esse aumento é reflexo da alta internacional dos preços do petróleo, que levou a Petrobras a reajustar os combustíveis em setembro.
O segundo item que mais pesou no bolso dos paulistanos foi a saúde, que acumulou alta de 9,27%. A taxa é semelhante aos 9,90% verificados em 2004. Na outra ponta, além dos alimentos, o que menos contribuiu para a inflação em São Paulo foi o vestuário, que somou 2,30%.
Perspectivas otimistas
Segundo Rosa, 2006 começa com condições mais favoráveis para manter a inflação baixa que as observadas no início do ano passado. Por isso, o mercado aposta em um IPC de aproximadamente 4,50% neste ano. Já a previsão da Sul América Investimentos é um pouco maior 4,8%.
Os preços controlados, por exemplo, são corrigidos com base no Índice Geral de Preços, apurado pela Fundação Getúlio Vargas. Fortemente influenciado pelo câmbio, o IGP-M encerrou 2005 em 1,21%, o menor patamar da história. Isso proporcionará correções menores para os contratos. Os preços livres também devem apresentar uma variação moderada. "Com isso, um IPC baixo neste ano é bastante provável", diz Rosa.