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Dívidas e tarifas consomem crescimento da massa salarial

Segundo o Iedi, tendência anula contribuição que consumo doméstico poderia dar ao crescimento do PIB em 2006. No âmbito das exportações, vendas para EUA e UE ficam muito abaixo da média, sinalizando tendência de recuo nos principais mercados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

Tarifas e dívidas vão comer a maior parte do aumento da massa salarial e frustrar as expectativas de forte contribuição do consumo interno para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006. A constatação é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

A massa real de rendimentos (nível de emprego multiplicado pelo rendimento médio da população) nas grandes regiões metropolitanas do país registrou alta expressiva em 2005, de 4,7%. Junto com a expansão do crédito, o avanço da massa salarial está alimentando a esperança de que o consumo familiar contribua intensamente para o crescimento econômico em 2006.

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Mas essa evolução pode não se traduzir em consumo maior, porque os preços administrados (como tarifas de energia e telefone) estão subtraindo poder de compra da população. Quando se calcula a evolução da massa real de rendimentos descontando os gastos com bens e serviços monitorados, a taxa de crescimento recua de 4,7% para 3,1%. Além disso, a expansão de 25% do crédito a pessoas físicas em 2005 vai exigir recursos adicionais do orçamento familiar para pagar juros e amortizações em 2006.

Exportações

Se no âmbito doméstico as coisas podem não ser tão róseas como se espera, no front das exportações também não faltam bombas-relógio. As vendas externas do Brasil em 2005 para os Estados Unidos e para a União Européia, os dois mais importantes destinos das exportações, tiveram um resultado muito inferior à média.

Entre janeiro e novembro, enquanto as exportações como um todo cresciam 23,1% sobre igual período de 2004, para esses mercados a evolução foi, respectivamente, de 11,7% e 12%. A alta valorização do real com relação ao dólar e ao euro é a causa desse resultado desfavorável, afirma o instituto.

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