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Moody's diz que PIB do G20 deve crescer mais de 3% em 2017

Apesar da alta na perspectiva, a agência alertou para riscos geopolíticos, o protecionismo dos EUA, o aperto monetário global e a desalavancagem da China

G20: Moody's elevou sua previsão de crescimento do grupo das maiores economias do mundo (Beto Barata/PR/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 11h04.

Última atualização em 30 de agosto de 2017 às 11h05.

Hong Kong - A Moody's Investors Service manteve sua previsão para o crescimento econômico do G20 em pouco mais de 3 por cento para este ano e o próximo, mas alertou para os riscos geopolíticos, o protecionismo dos Estados Unidos e as repercussões do aperto monetário global e das medidas de desalavancagem da China.

A agência de classificação disse que dados fortes inesperados na primeira metade do ano levaram-na a elevar as previsões de crescimento em 2017 da China para 6,8 por cento (ante 6,6 por cento), da Coreia do Sul para 2,8 por cento (ante 2,5 por cento) e do Japão para 1,5 por cento (ante 1,1 por cento).

A Moody's também espera que a zona do euro acelere o crescimento no resto do ano, como sugerido por indicadores robustos de confiança. Ela revisou para cima suas previsões para a Alemanha, a França e a Itália.

A agência cortou sua previsão para os EUA, no entanto, para 2,2 por cento em 2017 e 2,3 por cento em 2018 (ante 2,4 e 2,5 por cento, respectivamente), citando seu desempenho mais fraco do que o esperado no primeiro semestre e as expectativas de estímulo fiscal mais modesto do que esperado anteriormente.

"O equilíbrio de riscos está mais favorável do que no início do ano", informou a Moody's. "No entanto, observamos riscosrelacionados aos conflitos na Península da Coreia, no Mar do Sul da China e no Oriente Médio."

"O teste de míssil pela Coreia do Norte, a intensificação da retórica agressiva de ambos os lados e uma posição dura da administração de Trump aumentaram o risco de um conflito na Península Coreana."

A agência também disse que parece haver um "impulso renovado" para abordar questões comerciais bilaterais que a administração de Trump considerou como práticas comerciais injustas, o que poderia prejudicar o crescimento medidas abrangentes forem adotadas.

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