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Monopólio de resseguros e financiamento caro atrapalham exportações

Levantamento realizado no 2º Fórum Europeu com 200 executivos mostrou a preocupação do empresariado com outros gargalos nacionais, além da crise na infra-estrutura

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

Outros entraves às exportações do Brasil têm preocupado o empresariado brasileiro e estrangeiro, além da grave crise na infra-estrutura,já descrita em reportagem da revista EXAME. Um levantamento realizado com 200 executivos presentes no 2º Fórum Europeu, promovido em São Paulo, apontou que as relações comerciais do Brasil com a União Européia estariam mais avançadas caso o custo do financiamento no país não fosse tão alto e também se o resseguro não fosse monopolizado.

"O Brasil é o único país do mundo em que o mercado de resseguros não possui concorrência", diz Yves Jadoul, presidente da Eurocâmaras, o Conselho das Câmaras de Comércio e Indústria da União Européia, que realizou o fórum. Com isso, continua Jadoul, empresas multinacionais ficam impedidas de fazer um seguro global para suas diferentes unidades. "No Brasil, depende-se apenas do IRB [Instituto de Resseguros do Brasil, a estatal]", afirma Jadoul. A privatização do IRB, com a conseqüente reorganização do mercado, chegou a ser anunciada pelo governo federal, como mostrareportagem do Portal EXAME.

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Apesar dos problemas, o levantamento realizado no 2º Fórum Europeu mostrou otimismo por parte dos empresários. Cerca de 80% dos entrevistados acreditam que o Brasil irá aumentar as exportações para os países da União Européia em 2005 em comparação a 2004, ano de forte superávit comercial. O entusiasmo dos executivos surpreendeu até o conselho das câmaras de comércio e indústria. "Nunca vimos, no Brasil, uma retomada da confiança tão forte como a que estamos vendo agora", diz Jadoul.

A euforia pode ser em parte explicada pela retomada mundial de investimentos e no aumento, pela primeira vez depois de três anos consecutivos de queda, nos investimentos diretos europeus no Brasil. Segundo a Eurocâmaras, os investimentos europeus até agosto quase se equipararam ao total investido no ano passado. Depois de três anos de forte queda, até agosto de 2004, os países europeus já investiram 3 bilhões de dólares. Nos 12 meses do ano passado, foram 3,6 bilhões.

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