Ministros mostram otimismo ao falar sobre agricultura
No ano passado, a produção agrícola de diversas regiões do país foram afetadas pela estiagem, avaliada como uma das mais intensas dos últimos anos
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 14h02.
Brasília – O ministro da Agricultura , Antônio Andrade, disse hoje (26) que o país deve “mais uma vez” ultrapassar a previsão de produção agrícola no próximo ano. “Nossa agricultura e nosso agronegócio vão muito bem. Estamos abrindo mercados.
A previsão de produção no ano que vem é de 194 milhões de toneladas, e essas previsões vêm sendo sempre ultrapassadas”, disse o ministro, durante audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.
Convidado para detalhar o Plano Safra 2013/2014, lançado em junho, e os problemas de regularização fundiária e armazenamento da produção agrícola no país, o ministro antecipou que o governo está “estudando modernizações para o seguro atingir mais agricultores com maior eficiência”. Sem antecipar detalhes, Andrade garantiu que as medidas valerão para a próxima safra.
O seguro é um dos mecanismos mais demandados pelos agricultores.
No ano passado, a produção agrícola de diversas regiões do país foram afetadas pela estiagem, avaliada como uma das mais intensas dos últimos anos.
Recentemente, o governo divulgou novas expectativas para a safra de grãos, apontando que a colheita relativa ao período 2012/2013 deve atingir 187,09 milhões de toneladas, impulsionada pela produção de soja e de milho.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que também participou do debate, disse que o crédito disponibilizado para os pequenos agricultores aumentou 290% desde a safra de 2003/2004. “No ano passado, foram disponibilizados R$ 18 bilhões e foram contratados R$ 19,1 bilhões. Foi o primeiro ano que ultrapassamos o limite anunciado”, destacou.
Vargas ainda disse que o nível de inadimplência dos pequenos agricultores vem caindo progressivamente, desde que mecanismos como o seguro safra e os programas que garantem preço mínimo da produção foram ampliados.
“A partir da nova modelagem do seguro, a inadimplência veio a quase zero. O seguro não segura só a operação de crédito, mas também um percentual da renda”, disse. Segundo ele, a inadimplência está abaixo de 5% para o setor.
“Se não fosse o agronegócio, nosso déficit na balança comercial teria mais US$ 50 bilhões”, avaliou Sérgio Souza (PMDB-PR). Ao mesmo tempo em que reconheceram o peso da área para as contas do país, os senadores alertaram para gargalos que ainda não foram completamente superados.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou o processo precário de armazenagem que ainda ocorre em regiões produtoras, como as de Mato Grosso do Sul. “Me admira seu otimismo, ministro. No Brasil, a safra fica armazenada no caminhão. Como a comercialização de commodity é muito rápida, ela é colhida e vai rápido para o porto. Mas não é o ideal”, disse.
Andrade rebateu, lembrando que hoje existe um programa que reserva R$ 25 bilhões para financiar armazenamento. “Acredito que, em cinco anos, não teremos mais essa fotografia da soja e do milho armazenados a céu aberto”, avaliou.
Em junho, o governo anunciou que os recursos para agricultura empresarial somarão R$ 136 bilhões, e mais R$ 39 bilhões serão utilizados para financiar a agricultura familiar.
Brasília – O ministro da Agricultura , Antônio Andrade, disse hoje (26) que o país deve “mais uma vez” ultrapassar a previsão de produção agrícola no próximo ano. “Nossa agricultura e nosso agronegócio vão muito bem. Estamos abrindo mercados.
A previsão de produção no ano que vem é de 194 milhões de toneladas, e essas previsões vêm sendo sempre ultrapassadas”, disse o ministro, durante audiência na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.
Convidado para detalhar o Plano Safra 2013/2014, lançado em junho, e os problemas de regularização fundiária e armazenamento da produção agrícola no país, o ministro antecipou que o governo está “estudando modernizações para o seguro atingir mais agricultores com maior eficiência”. Sem antecipar detalhes, Andrade garantiu que as medidas valerão para a próxima safra.
O seguro é um dos mecanismos mais demandados pelos agricultores.
No ano passado, a produção agrícola de diversas regiões do país foram afetadas pela estiagem, avaliada como uma das mais intensas dos últimos anos.
Recentemente, o governo divulgou novas expectativas para a safra de grãos, apontando que a colheita relativa ao período 2012/2013 deve atingir 187,09 milhões de toneladas, impulsionada pela produção de soja e de milho.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que também participou do debate, disse que o crédito disponibilizado para os pequenos agricultores aumentou 290% desde a safra de 2003/2004. “No ano passado, foram disponibilizados R$ 18 bilhões e foram contratados R$ 19,1 bilhões. Foi o primeiro ano que ultrapassamos o limite anunciado”, destacou.
Vargas ainda disse que o nível de inadimplência dos pequenos agricultores vem caindo progressivamente, desde que mecanismos como o seguro safra e os programas que garantem preço mínimo da produção foram ampliados.
“A partir da nova modelagem do seguro, a inadimplência veio a quase zero. O seguro não segura só a operação de crédito, mas também um percentual da renda”, disse. Segundo ele, a inadimplência está abaixo de 5% para o setor.
“Se não fosse o agronegócio, nosso déficit na balança comercial teria mais US$ 50 bilhões”, avaliou Sérgio Souza (PMDB-PR). Ao mesmo tempo em que reconheceram o peso da área para as contas do país, os senadores alertaram para gargalos que ainda não foram completamente superados.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou o processo precário de armazenagem que ainda ocorre em regiões produtoras, como as de Mato Grosso do Sul. “Me admira seu otimismo, ministro. No Brasil, a safra fica armazenada no caminhão. Como a comercialização de commodity é muito rápida, ela é colhida e vai rápido para o porto. Mas não é o ideal”, disse.
Andrade rebateu, lembrando que hoje existe um programa que reserva R$ 25 bilhões para financiar armazenamento. “Acredito que, em cinco anos, não teremos mais essa fotografia da soja e do milho armazenados a céu aberto”, avaliou.
Em junho, o governo anunciou que os recursos para agricultura empresarial somarão R$ 136 bilhões, e mais R$ 39 bilhões serão utilizados para financiar a agricultura familiar.