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Ministros da UE criticam lentidão da Grécia em negociações

Ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que não acredita em "grandes avanços na questão grega" na reunião informal do Eurogrupo

Ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que não acredita em "grandes avanços na questão grega" na reunião informal do Eurogrupo (stock.XCHNG)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 10h06.

Riga - Os ministros de Economia e Finanças da União Europeia se mostraram nesta sexta-feira incomodados pela falta de progressos nas negociações com a Grécia sobre uma lista completa de reformas econômicas, alertando o país para que acelere os trabalhos porque o tempo está acabando para Atenas.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que não acredita em "grandes avanços na questão grega" na reunião informal do Eurogrupo, criticando o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras ao afirmar que o "tempo não é infinito e é importante avançar".

Quanto à possibilidade de um acordo ser acertado nas próximas semanas, Schäuble foi pessimista: "não interessa a ninguém ter expectativas que depois não serão cumpridas".

As críticas quanto à lentidão grega foram reforçadas pelo comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, que deixou claro que as negociações se movimentam em uma velocidade menor que a esperada pelo Eurogrupo.

"A mensagem de hoje é que realmente temos que acelerar. Sabemos que o tempo está acabando e ele é essencial. Temos que encontrar medidas definitivas para podermos tomar decisões", acrescentou.

Apesar de praticamente todos os ministros destacarem que as conversas com Atenas melhoraram e tomam forma, eles também frisaram a necessidade de a Grécia promover reformas coerentes, que permitam não só cumprir com os compromissos, mas também retomar o crescimento econômico.

"Há um sentido de urgência e o tempo está acabando. Atenas tem que cumprir as medidas pedidas pelas instituições e que foram estipuladas no Eurogrupo do dia 20 de fevereiro", exigiu Moscovici.

Outro que criticou o progresso nas negociações foi o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro e o Diálogo Social, Vladis Drombrovskis, que considerou o avanço insuficiente para chegar a um acordo no Eurogrupo de hoje.

"É importante que todas as partes cumpram seus compromissos, incluindo a Grécia. É ainda mais importante que a Grécia acelere o trabalho na lista (de reformas) e comece a implementar a condicionalidade do programa de assistência financeira", disse.

Drombrovskis lamentou o "retorno da instabilidade financeira e a incerteza" sobre a economia grega justo quando o país estava voltando a crescer e gerar empregos, conseguindo também completar os objetivos orçamentários.

"Os fundamentos para a recuperação econômica estão aí. É necessária vontade política para encerrar rapidamente as negociações com os membros do euro e as instituições para voltar a crescer e superar essa nova crise", concluiu.

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Riga - Os ministros de Economia e Finanças da União Europeia se mostraram nesta sexta-feira incomodados pela falta de progressos nas negociações com a Grécia sobre uma lista completa de reformas econômicas, alertando o país para que acelere os trabalhos porque o tempo está acabando para Atenas.

O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que não acredita em "grandes avanços na questão grega" na reunião informal do Eurogrupo, criticando o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras ao afirmar que o "tempo não é infinito e é importante avançar".

Quanto à possibilidade de um acordo ser acertado nas próximas semanas, Schäuble foi pessimista: "não interessa a ninguém ter expectativas que depois não serão cumpridas".

As críticas quanto à lentidão grega foram reforçadas pelo comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, que deixou claro que as negociações se movimentam em uma velocidade menor que a esperada pelo Eurogrupo.

"A mensagem de hoje é que realmente temos que acelerar. Sabemos que o tempo está acabando e ele é essencial. Temos que encontrar medidas definitivas para podermos tomar decisões", acrescentou.

Apesar de praticamente todos os ministros destacarem que as conversas com Atenas melhoraram e tomam forma, eles também frisaram a necessidade de a Grécia promover reformas coerentes, que permitam não só cumprir com os compromissos, mas também retomar o crescimento econômico.

"Há um sentido de urgência e o tempo está acabando. Atenas tem que cumprir as medidas pedidas pelas instituições e que foram estipuladas no Eurogrupo do dia 20 de fevereiro", exigiu Moscovici.

Outro que criticou o progresso nas negociações foi o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro e o Diálogo Social, Vladis Drombrovskis, que considerou o avanço insuficiente para chegar a um acordo no Eurogrupo de hoje.

"É importante que todas as partes cumpram seus compromissos, incluindo a Grécia. É ainda mais importante que a Grécia acelere o trabalho na lista (de reformas) e comece a implementar a condicionalidade do programa de assistência financeira", disse.

Drombrovskis lamentou o "retorno da instabilidade financeira e a incerteza" sobre a economia grega justo quando o país estava voltando a crescer e gerar empregos, conseguindo também completar os objetivos orçamentários.

"Os fundamentos para a recuperação econômica estão aí. É necessária vontade política para encerrar rapidamente as negociações com os membros do euro e as instituições para voltar a crescer e superar essa nova crise", concluiu.

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