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Ministro da Economia argentino viajará aos EUA e se reunirá com FMI

Novo governo de Alberto Fernández afirmou que pretende pagar dívida, mas quer mais prazo dos credores

FMI: Argentina país contraiu uma dívida de US$ 56,3 bilhões com fundo monetário (Anton Petrus/Getty Images)
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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2020 às 17h54.

Buenos Aires, 25 jan (EFE).- O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, viajará no domingo para Nova York, onde se reunirá com autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI) , com o qual o país contraiu uma dívida de US$ 56,3 bilhões.

De acordo com fontes oficiais, a visita de Guzmán está programada para durar dois dias, motivo pelo qual retornará ao país na terça-feira. Não há a expectativa de que ocorram definições importantes sobre a pesada dívida externa do país, que entrou em crise em abril de 2018.

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Guzmán participará de um café da manhã no Conselho das Américas, que contará com a presença de empresários, analistas e investidores, e também se encontrará com Luis Cubeddu, chefe da missão do FMI na Argentina.

Na terça-feira passada, o governo argentino enviou ao Parlamento um projeto de lei sobre "o restabelecimento da sustentabilidade da dívida pública externa", o que permitiria a Guzmán tomar uma série de ações para reestruturar os títulos emitidos sob legislação estrangeira.

O projeto de lei, que deverá ser debatido na próxima quinta-feira, autoriza o governo a realizar operações de gestão de passivos, trocas ou reestruturação de serviços de vencimento de juros e amortização de capital de títulos públicos argentinos emitidos sob legislação estrangeira.

O novo governo de Alberto Fernández reafirmou a vontade de pagar a dívida pública, mas mantém que precisa de tempo para que a economia volte a crescer, por isso propõe aos credores privados e ao FMI prazos de pagamento mais longos.

Na sexta-feira, Fernández insistiu que o governo anterior, de Mauricio Macri, deixou a Argentina "virtualmente" em falta de pagamentos e que o país precisa se recompor social e economicamente "para poder exportar e conseguir dólares, e a partir daí, ver como cumprir as obrigações" da dívida.

"Para isso, temos que concordar com os credores e com o Fundo", disse o presidente em declarações à imprensa argentina que o acompanhou na viagem a Israel.

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