Economia

Ministro alemão suaviza postura sobre união bancária na UE

Wolfgang Schaeuble afirmou que a zona do euro deveria pressionar com base na lei atual sem aguardar por uma controversa reforma do tratado de Lisboa


	Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble: "nós temos que fazer o melhor sobre as bases dos tratados atuais, e onde nós não conseguirmos atingir coisas institucionalmente", disse
 (Sean Gallup/Getty Images)

Ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble: "nós temos que fazer o melhor sobre as bases dos tratados atuais, e onde nós não conseguirmos atingir coisas institucionalmente", disse (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 09h16.

Berlim - O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, sinalizou uma postura mais branda sobre a união bancária na Europa nesta terça-feira, ao afirmar que a zona do euro deveria pressionar com base na lei atual sem aguardar por uma controversa reforma do tratado de Lisboa da UE.

A união bancária é uma parte crucial da estratégia da Europa para superar sua crise financeira e de dívida soberana. Num primeiro passo, ela envolve a criação de um supervisor bancário europeu sob o Banco Central Europeu (BCE). Isso deve ser seguido por um esquema de resolução para fechar ou recuperar bancos problemáticos.

Somente no mês passado, Schaeuble aparentou causar um entrave ao dizer que a UE precisava considerar uma mudança no tratado antes de prosseguir, devido à "base legal duvidosa" da qual ela pertence. Esses comentários levaram a uma reação de autoridades e parceiros da Alemanha, como a França.

No entanto, na terça-feira, em um evento de uma universidade de Berlim com o ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, Schaeuble mostrou um tom mais conciliatório, chamando a união bancária de um "projeto prioritário" e prometendo levar isso adiante com "rapidez".

Ele disse que embora a Europa precise de mudanças institucionais no médio prazo, a região não deve esperar para resolver seus problemas atuais.

"Nós temos que fazer o melhor sobre as bases dos tratados atuais, e onde nós não conseguirmos atingir coisas institucionalmente, então nós vamos trabalhar entre governos ou até mesmo bilateralmente", disse ele.

A Alemanha, que terá eleições em setembro, tem destacado nos últimos meses a necessidade de uma preparação cautelosa e cuidadosa de uma união bancária, preocupada com expor seus cidadãos às responsabilidades de um setor bancário europeu enfraquecido.

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