Ministério da Economia nega que auxílio emergencial pode ser permanente
Em nota, a pasta disse que as despesas criadas neste momento não podem comprometer a recuperação das contas públicas
Agência O Globo
Publicado em 12 de maio de 2020 às 11h42.
Última atualização em 12 de maio de 2020 às 11h44.
O Ministério da Economia divulgou nesta terça-feira uma nota em que nega que o auxílio emergencial de R$ 600 possa se tornar permanente. A nota diz que as despesas criadas para o combate à crise do coronavírus devem ser restritas a 2020.
Em uma transmissão ao vivo de segunda-feira, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, levantou a possibilidade de que algumas medidas emergenciais de enfrentamento à crise podem “ter vindo pra ficar” e citou o auxílio.
“(...) o Ministério da Economia esclarece que tem tomado medidas de caráter temporário para combater os efeitos da pandemia. As despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública”, diz a nota.
O ministério ressaltou que o compromisso com o teto de gastos dá "credibilidade" e ajuda a promover investimentos no país.
Na nota, a pasta ressaltou que “está preocupado em preservar vidas e a atividade econômica” e que as medidas extraordinárias socorreram os mais vulneráveis. A pasta também ressaltou que está estudando medidas para a estimular a retomada econômica.
“Essa crise trouxe, entretanto, uma oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão em estudo e serão divulgados no momento oportuno”.