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Minério de ferro estabiliza na China após queda histórica

Operadores disseram que compradores no país, que é o maior consumidor da matéria-prima do aço, estão tentando atrasar carregamentos

Ferro: surpreendente queda nas exportações chinesas no mês passado ampliaram as preocupações sobre uma desaceleração da segunda maior economia mundial (Rich Press/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 12h35.

Singapura/Pequim - Os preços do minério de ferro com entrega imediata na China estabilizaram-se nesta terça-feira, após registrarem na segunda-feira a maior queda percentual em quatro anos e meio.

Operadores disseram que compradores no país, que é o maior consumidor da matéria-prima do aço, estão tentando atrasar carregamentos depois das vendas em clima de pânico.

Uma surpreendente queda nas exportações chinesas no mês passado ampliaram as preocupações sobre uma desaceleração da segunda maior economia mundial, derrubando os preços do minério para o menor nível desde outubro de 2012, com queda acumulada no ano de mais de um quinto.

"Os preços têm sido irracionais e a queda atual é inevitável", disse nesta terça-feira o presidente do conselho da siderúrgica gigante chinesa Baosteel, He Wenbo.

"Qual será o ponto mais baixo? Acredito que os preços atuais próximos a 100 dólares ainda estão altos." O minério com teor de 62 por cento de ferro no mercado à vista chinês, uma referência para o mercado, subiu 0,2 por cento nesta terça-feira, cotado a 104,90 dólares por tonelada, segundo dados compilados pela Steel Index.

Na segunda-feira, o índice caiu 8,3 por cento, ou 9,5 dólares, atingindo 104,70 dólares por tonelada, dando continuidade a uma série de recuos registrados desde o final do ano passado.

A rota de queda lembra os recuos de setembro de 2012, quando o minério de ferro atingiu a mínima de três anos, a 86,7 dólares por tonelada, obrigando muitas minas de alto custo na China a fecharem e forçando grande mineradoras globais a repensarem seus planos de expansão e a focarem em cortes de custos.

"O movimento amplo de queda está aqui para ficar", disse o estrategista de commodities do Citigroup Ivan Szpakowski, que estima que cerca de 170 milhões de toneladas adicionais de minério de ferro cheguem ao mercado internacional em 2014.

"Os preços estão se movendo numa base cíclica devido ao aumento na oferta. A questão tem sido o ritmo desse aumento e a rapidez da queda (nos preços). Isso é algo que não se esperava", disse Szpakowski.

Talvez o principal indicador de alerta apontando para uma queda iminente nos preços do minério foi o tamanho gigantesco dos estoques de minério nos portos da China.

Os estoques passaram da marca de 100 milhões de toneladas no final de fevereiro e atingiram o recorde de 105 milhões de toneladas na semana passada.

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Operadores disseram que compradores no país, que é o maior consumidor da matéria-prima do aço, estão tentando atrasar carregamentos depois das vendas em clima de pânico.

Uma surpreendente queda nas exportações chinesas no mês passado ampliaram as preocupações sobre uma desaceleração da segunda maior economia mundial, derrubando os preços do minério para o menor nível desde outubro de 2012, com queda acumulada no ano de mais de um quinto.

"Os preços têm sido irracionais e a queda atual é inevitável", disse nesta terça-feira o presidente do conselho da siderúrgica gigante chinesa Baosteel, He Wenbo.

"Qual será o ponto mais baixo? Acredito que os preços atuais próximos a 100 dólares ainda estão altos." O minério com teor de 62 por cento de ferro no mercado à vista chinês, uma referência para o mercado, subiu 0,2 por cento nesta terça-feira, cotado a 104,90 dólares por tonelada, segundo dados compilados pela Steel Index.

Na segunda-feira, o índice caiu 8,3 por cento, ou 9,5 dólares, atingindo 104,70 dólares por tonelada, dando continuidade a uma série de recuos registrados desde o final do ano passado.

A rota de queda lembra os recuos de setembro de 2012, quando o minério de ferro atingiu a mínima de três anos, a 86,7 dólares por tonelada, obrigando muitas minas de alto custo na China a fecharem e forçando grande mineradoras globais a repensarem seus planos de expansão e a focarem em cortes de custos.

"O movimento amplo de queda está aqui para ficar", disse o estrategista de commodities do Citigroup Ivan Szpakowski, que estima que cerca de 170 milhões de toneladas adicionais de minério de ferro cheguem ao mercado internacional em 2014.

"Os preços estão se movendo numa base cíclica devido ao aumento na oferta. A questão tem sido o ritmo desse aumento e a rapidez da queda (nos preços). Isso é algo que não se esperava", disse Szpakowski.

Talvez o principal indicador de alerta apontando para uma queda iminente nos preços do minério foi o tamanho gigantesco dos estoques de minério nos portos da China.

Os estoques passaram da marca de 100 milhões de toneladas no final de fevereiro e atingiram o recorde de 105 milhões de toneladas na semana passada.

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