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Ferro deve se recuperar a US$100 em 9 meses, diz Saxo Bank

Segundo o banco, preço do minério deve se recuperar após tocar a mínima de cinco anos abaixo de 80 dólares

Trem realizando o transporte de minérios de ferro na mina de Brucutu, em Barão de Cocais (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h55.

São Paulo - O banco dinamarquês Saxo Bank estima que os preços do minério de ferro deverão se recuperar para próximo de 100 dólares por tonelada dentro seis a nove meses, após tocarem a mínima de cinco anos abaixo de 80 dólares nesta segunda-feira.

O minério com teor de 62 por cento de ferro, referência para a indústria, caiu 2,3 por cento para 79,80 dólares por tonelada, menor cotação desde meados de setembro de 2009, pressionado por preocupações sobre o excedente de oferta em um momento de crescimento mais lento na demanda da China.

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Grandes mineradoras como a brasileira Vale e a australiana Rio Tinto têm aumentado constantemente sua produção nos últimos meses, ao colocarem em atividade novos projetos de expansão de suas minas.

Para o Saxo Bank, a entrada no mercado deste minério de baixo custo deverá retirar do setor diversas mineradoras chinesas, que operam com custos elevados sem conseguir competir com o minério de alta concentração das concorrentes globais.

"Os mais fracos vão cair", disse o diretor de estratégia do Saxo Bank, Ole Hansen, em apresentação a jornalistas nesta segunda-feira.

Numa perspectiva de curto prazo, o Saxo Bank não descarta novas perdas nas cotações.

"Não encontramos um piso ainda... Mas não vejo uma queda grande ante os níveis atuais", disse Hansen.

Segundo ele, o mercado está atualmente reagindo fortemente a temores de nova desaceleração na economia chinesa, o que afetaria a já letárgica demanda pela matéria-prima do aço.

"Eles (China) podem não conseguir manter os níveis recentes de crescimento", ponderou.

O crescimento da indústria da China provavelmente estagnou em setembro, alimentando as preocupações de que a economia pode correr o risco de desacelerar de forma mais acentuada a menos que Pequim lance mais estímulos, mostrou nesta segunda-feira uma pesquisa da Reuters com 19 economistas.

O mercado aguarda a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar da indústria do HSBC/Markit de setembro, que ficou em 50, segundo a pesquisa, exatamente na linha que separa expansão e contração.

Em agosto do PMI atingiu 50,2. O indicador será divulgado nesta noite, pelo horário brasileiro.

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