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Para Merrill Lynch, Argentina está caindo rápido em recessão

Perspectiva da equipe é de que o PIB do país se contraia 2% em 2009, apesar de esforços do governo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2009 às 15h56.

Enquanto os principais mercados globais dão sinais de melhora nas últimas semanas, a Argentina ainda se encontra em uma situação de cautela. A perspectiva trazida pela Merrill Lynch é de que o país cai rápido em recessão, apesar das estatísticas oficiais ressaltarem um crescimento econômico.

"Os efeitos do calendário positivo de março criaram uma miragem de recuperação, mas as tendências apontam para uma maior deterioração e, portanto, implica pressões contínuas sobre o débito", explicou.

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Para os analistas, um maior ajuste fiscal pode chegar somente após as eleições, mas viria de forma atrasada, arriscando um menor crescimento. As projeções indicam que o PIB (Produto Interno Bruto) argentino em 2009 deva se retrair em 2% em uma base de comparação anual.

Disparidades estatísticas

No quarto trimestre do último ano, a equipe estima que a economia do país já tenha sofrido uma estagnação, ao contrário do o relatório oficial afirmou ao reportar um avanço anual de 4,9%. O desvio nos números é visto não somente em relação a pesquisas privadas, mas também entre agências e institutos do próprio governo.

"A controvérsia gerada pelas estatísticas econômicas oficiais dificultam providenciarmos um cenário mais claro do estado da economia", reforçaram.

Deterioração econômica

Os dados destacados pela Merrill Lynch, de fato, não parecem nada favoráveis à Argentina. As receitas das exportações, que impulsionaram o superávit primário fiscal de 2008, estão sendo prejudicadas pelo enfraquecimento do preço das commodities e pouco alavancadas pela depreciação do peso.

A desaceleração econômica teria levado ainda a um consumo mais fraco e menor arrecadação por impostos. Tais sinais já estavam evidentes para a equipe no quarto trimestre, antes mesmo da crise global mostrar sua força completa, o que levou o governo a se mover para estancar o declínio, com a nacionalização dos fundos privados de pensão.

"Como esta deterioração influi no setor financeiro em 2009? Apesar da ação gradual, as tendências fiscais apontam para a continuidade dessa situação de restrição enquanto o superávit primário se restringe", esclareceu.

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