Mais tranqüilo, porém ainda longe da estabilidade, o mercado financeiro se volta mais uma vez para o tema eleições. Como as pesquisas não devem trazer surpresas, o debate entre os candidatos acontecerá só daqui a uma semana e o mercado já toma como certa a vitória de Lula, as especulações ficam por conta da transição do governo.

Ontem, a notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciaria já no dia 28 de outubro a nova equipe econômica foi considerada responsável pelo fechamento quase estável do dólar (baixa de 0,38%). O PT ontem mesmo retificou a notícia e afirmou que a equipe anunciada será a de transição e não a definitiva.

Inflação

Protagonista do caos do mercado de câmbio no início da semana, a inflação voltou a registrar alta. Hoje, a Fipe divulgou a segunda prévia de outubro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município São Paulo. Ficou em 0,89%, pouco acima do registrado na prévia anterior, que foi de 0,81%.

No mesmo período de setembro, o IPC-Fipe era igual, 0,89%. Já a segunda prévia de outubro do ano passado, havia apontado taxa de 0,35%.

Em 30 dias acumulados, encerrados no dia 15 de outubro, a maior alta de preços foi verificada pela Fipe no grupo alimentação, de 1,29%. Os demais grupos apresentaram as seguintes altas:

- Habitação: 0,72%

- Transportes: 1,12%

- Despesas pessoais: 1,03%

- Saúde: 0,44%

- Vestuário: 0,45%

- Educação: 0,10%

O IPC-Fipe é calculado com base na variação de preços de produtos e serviços usualmente consumidos por famílias com renda mensal entre 1 e 20 salários mínimos.

Outros indicadores de hoje

Nos Estados Unidos, serão conhecidos os números da balança comercial de agosto. A expectativa é de déficit em torno de 35 bilhões de dólares. O governo americano também apresenta o índice de preços ao consumidor do mês de setembro. A expectativa é de inflação de 0,2%.