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Mercado fecha 1,548 mi de vagas no setor privado em 1 ano

Já o emprego sem carteira no setor privado diminuiu 0,6% no trimestre encerrado em abril, o equivalente a 64 mil vagas a menos no período de um ano

Carteira de Trabalho: o emprego sem carteira no setor privado diminuiu 0,6% no trimestre encerrado em abril (Daniela de Lamare)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2016 às 12h32.

Rio - O mercado de trabalho fechou 1,548 milhão de vagas com carteira assinada no setor privado no período de um ano, recuo de 4,3% em relação ao trimestre encerrado em abril de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o emprego sem carteira no setor privado diminuiu 0,6% no trimestre encerrado em abril, o equivalente a 64 mil vagas a menos no período de um ano.

"Você tem uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. Tem menos pessoas trabalhando com carteira assinada. A perda de carteira era do tamanho do crescimento do trabalho por conta própria. Isso não está acontecendo mais", observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O emprego doméstico aumentou 4,0%, 237 mil pessoas a mais, e o trabalho por conta própria cresceu 4,9%, 1,071 milhão de indivíduos a mais nessa condição.

Setores

A indústria demitiu 1,569 milhão de empregados no período de um ano, montante recorde de dispensas na série histórica da Pnad Contínua. O total de empregados no setor no trimestre encerrado em abril foi 11,8% menor do que o registrado em abril de 2015.

"A indústria foi o grupamento mais afetado, sem dúvida, e acaba fazendo reflexo em outros grupamentos. Você tem 1,5 milhão de pessoas perdendo o emprego na indústria, você vai ter reflexo nos outros grupamentos", salientou Cimar Azeredo.

O grupamento de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas demitiu mais 820 mil empregados no período de um ano, queda de 7,8% no total de ocupados no setor. "Isso é terceirização, praticamente. Todo mundo que está trabalhando na indústria, como limpeza, escritório, serviços de TI (tecnologia da informação). Se a indústria encolhe, esse grupamento vai encolher também", explicou Azeredo.

O comércio demitiu 101 mil empregados no mesmo período, e a agricultura dispensou 81 mil pessoas. O fechamento de postos de trabalho em abril, com 1,545 milhão de vagas extintas em um ano, foi o maior da série histórica da pesquisa. "Você tem crise política, crise econômica, e isso se reflete no mercado de trabalho. Tudo o que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico", justificou o coordenador do IBGE.

Massa de rendimento

A massa de rendimento dos trabalhadores alcançou no trimestre encerrado em abril (R$ 173,3 bilhões) o menor patamar desde o trimestre móvel concluído em maio de 2013, quando ficou em R$ 172,4 bilhões. O número divulgado nesta terça-feira ficou abaixo dos R$ 174,2 bilhões registrados no trimestre móvel anterior, terminado em março, segundo os dados da Pnad Contínua.

"A massa de rendimentos está retornando ao patamar de 2013", analisou Cimar Azeredo.

Segundo ele, o fenômeno afeta diferentes grupamentos de atividade, porque há menos dinheiro disponível para o consumo. "Você tem menos dinheiro circulando no mercado. Isso vai afetar o consumo e o gasto da população", avaliou o coordenador do IBGE.

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Rio - O mercado de trabalho fechou 1,548 milhão de vagas com carteira assinada no setor privado no período de um ano, recuo de 4,3% em relação ao trimestre encerrado em abril de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o emprego sem carteira no setor privado diminuiu 0,6% no trimestre encerrado em abril, o equivalente a 64 mil vagas a menos no período de um ano.

"Você tem uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. Tem menos pessoas trabalhando com carteira assinada. A perda de carteira era do tamanho do crescimento do trabalho por conta própria. Isso não está acontecendo mais", observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O emprego doméstico aumentou 4,0%, 237 mil pessoas a mais, e o trabalho por conta própria cresceu 4,9%, 1,071 milhão de indivíduos a mais nessa condição.

Setores

A indústria demitiu 1,569 milhão de empregados no período de um ano, montante recorde de dispensas na série histórica da Pnad Contínua. O total de empregados no setor no trimestre encerrado em abril foi 11,8% menor do que o registrado em abril de 2015.

"A indústria foi o grupamento mais afetado, sem dúvida, e acaba fazendo reflexo em outros grupamentos. Você tem 1,5 milhão de pessoas perdendo o emprego na indústria, você vai ter reflexo nos outros grupamentos", salientou Cimar Azeredo.

O grupamento de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas demitiu mais 820 mil empregados no período de um ano, queda de 7,8% no total de ocupados no setor. "Isso é terceirização, praticamente. Todo mundo que está trabalhando na indústria, como limpeza, escritório, serviços de TI (tecnologia da informação). Se a indústria encolhe, esse grupamento vai encolher também", explicou Azeredo.

O comércio demitiu 101 mil empregados no mesmo período, e a agricultura dispensou 81 mil pessoas. O fechamento de postos de trabalho em abril, com 1,545 milhão de vagas extintas em um ano, foi o maior da série histórica da pesquisa. "Você tem crise política, crise econômica, e isso se reflete no mercado de trabalho. Tudo o que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico", justificou o coordenador do IBGE.

Massa de rendimento

A massa de rendimento dos trabalhadores alcançou no trimestre encerrado em abril (R$ 173,3 bilhões) o menor patamar desde o trimestre móvel concluído em maio de 2013, quando ficou em R$ 172,4 bilhões. O número divulgado nesta terça-feira ficou abaixo dos R$ 174,2 bilhões registrados no trimestre móvel anterior, terminado em março, segundo os dados da Pnad Contínua.

"A massa de rendimentos está retornando ao patamar de 2013", analisou Cimar Azeredo.

Segundo ele, o fenômeno afeta diferentes grupamentos de atividade, porque há menos dinheiro disponível para o consumo. "Você tem menos dinheiro circulando no mercado. Isso vai afetar o consumo e o gasto da população", avaliou o coordenador do IBGE.

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